A mamãe não me bota mais no colo, não bota mais, não me embala mais o sono, não embala mais, não canta pra eu dormir… não canta mais… não bota mais, não embala mais, não canta mais…
Eu bem sei que já faz tempo que ela ainda me embalava, mas me lembro muito bem, era assim que ela cantava:
“Dorme, dorme, filhinho, meu anjinho inocente, dorme, meu queridinho, que a mamãe está contente…”
Mas o tempo passou, passou, passou, e a cantiga calou, calou, calou… e o menino foi crescendo, crescendo, cresceu, cresceu, mas aquela voz ficou. ficou, ficou…
Eu agora já sou grande, tenho quase a altura dela. Vai chegar a minha vez de poder cantar para ela…
Pedro Bandeira
Outras frases de Pedro Bandeira
+ Há o momento de chegada E o instante de partida Quanta vida já vivi Quanto resta a ser vivida? São dois espelhos quebrados Dois vezes sete de má sorte Já vivi quatorze anos Quanto resta para a morte? É fácil vê-la chegar Em cada momento que passe Pois se começa a morrer No momento em que se nasce Estou caminhando pra morte Não decidi meu nascer Da morte não sei o dia Mas posso saber! - Pedro Bandeira
+ A mamãe não me bota mais no colo, não bota mais, não me embala mais o sono, não embala mais, não canta pra eu dormir... não canta mais... não bota mais, não embala mais, não canta mais... Eu bem sei que já faz tempo que ela ainda me embalava, mas me lembro muito bem, era assim que ela cantava: "Dorme, dorme, filhinho, meu anjinho inocente, dorme, meu queridinho, que a mamãe está contente..." Mas o tempo passou, passou, passou, e a cantiga calou, calou, calou... e o menino foi crescendo, crescendo, cresceu, cresceu, mas aquela voz ficou. ficou, ficou... Eu agora já sou grande, tenho quase a altura dela. Vai chegar a minha vez de poder cantar para ela... - Pedro Bandeira
+ A marca desta lágrima testemunha que o amei perdidamente Em suas mãos depositei a minha vida, e me entreguei completamente. Assinei com minhas lágrimas cada verso que lhe dei Como se fossem confetes de um carnaval que não brinquei. Mas a cabeça apaixonada delirou Foi farsante, vigarista, mascarada Foi amante, entregando-lhe outra amada Foi covarde que, amando, nunca amou! - Pedro Bandeira
+ Um pai chega a fazer sacrifícios pra comprar um tênis da grife pro filho e acha ruim gastar vinte reais em um livro. Infelizmente ainda temos uma sociedade que acha mais importante investir no pé do que na cabeça do filho. - Pedro Bandeira
+ Identidade Às vezes nem eu mesmo sei quem sou. às vezes sou. "o meu queridinho", às vezes sou "moleque malcriado". Para mim tem vezes que eu sou rei, herói voador, caubói lutador, jogador campeão. às vezes sou pulga, sou mosca também, que voa e se esconde de medo e vergonha. Às vezes eu sou Hércules, Sansão vencedor, peito de aço goleador! Mas o que importa o que pensam de mim? Eu sou quem sou, eu sou eu, sou assim, sou menino. - Pedro Bandeira