Canção da Minha Ternura Rondaste o meu castelo solitário como um rio de vozes e de gestos; baixei as minhas pontes fatigadas e conheci teus lumes, teus agrados teus olhos de ouro negro que confundem; andei na tua voz como num rio de fogo e mel e raros peixes belos, cheguei na tua ilha e atrás da porta me deste o banquete dos ardores teus.

Mas às vezes sou quem volta a erguer as pontes e cavar o fosso e agora em sua torre, ternamente, sem mágoa se debruça nas varandas vendo-te ao longe , barco nessas águas, querendo ainda estar se regressares -porque seria pena naufragarmos se poderias ter, sem tantas dores, viagens e chegadas nos amores meus.


Lya Luft

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+ Apesar das minhas fragilidades, avanço. - Lya Luft

+ Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu. - Lya Luft

+ Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega. - Lya Luft

+ Uma voz que fica calada muito tempo, quando vai falar, grita. - Lya Luft

+ Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização. - Lya Luft

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