DAS MINHAS MÃOS, QUE SÃO TÃO FIRMES
Das minhas mãos, que são tão firmes, cai-me o espelho, que era tão claro, e à meia-noite se divide, com meus olhos cheios de teatro.
Nas grandes sedas do vestido, ficam meditando meus braços. E de longe correm antigos pássaros cheios de presságios.
Há um cristal de sonho e de lua cobrindo com serenidade as adormecidas criaturas.
Uma mulher no alto da noite pensa que é solidão, que é tarde, e que o cristal levou seu rosto.