Derradeiro
Um dia alguém me contou que quando era criança chorava
quando ouvia ou lia a palavra derradeiro.
Acolhi com ouvido de poesia. E sorri, dentro,
com ternura por essas singularidades lindas de cada um.
Mas sorri muito mais porque adulta,
diante de cada experiência derradeira que a vida desembrulha,
geralmente choro também.
Às vezes, à beça, por outros tantos instantes derradeiros.
Memória de choro é vasta.