[…] É uma casa de esquina, indestrutível. Moro nela quando me lembro, quando quero acendo o fogo, as torneiras jorram, eu fico esperando o noivo,na minha casa aquecida. Não fica em bairro esta casa infensa à demolição. Fica num modo tristonho de certos entardeceres, quando o que um corpo deseja é outro corpo para escavar. Um ideia de exílio e túnel.
(Poema ‘a casa’)