Escrevo diante da janela aberta. Minha caneta é cor das venezianas: Verde!… E que leves, lindas filigranas Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas Mistura os tons… acerta… desacerta… Sempre em busca de nova descoberta, Vai colorindo as horas quotidianas…

Jogos da luz dançando na folhagem! Do que eu ia escrever até me esqueço… Para quê pensar? Também sou da paisagem…

Vago, solúvel no ar, fico sonhando… E me transmuto… iriso-me… estremeço… Nos leves dedos que me vão pintando!


Mario Quintana

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+ Vivemos conjugando o tempo passado (saudade, para os românticos) e o tempo futuro (esperança, para os idealistas). Uma gangorra, como vês, cheia de altos e baixos – uma gangorra emocional. Isto acaba fundindo a cuca de poetas e sábios e maluquecendo de vez o Homo sapiens. Mais felizes os animais, que, na sua gramática imediata, apenas lhes sobra um tempo: o presente do indicativo. E que nem dá tempo para suspiros... - Mario Quintana

+ Verso Avulso O luar é a luz do sol que está dormindo... - Mario Quintana

+ Verbetes Infância - A vida em tecnicolor. Velhice - A vida em preto-e-branco. - Mario Quintana

+ Viajar é mudar a roupa da alma. - Mario Quintana

+ Viajar é mudar o cenário da solidão. - Mario Quintana

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