Imaginária serenata
Vejo-te passando por aquela rua mais aquele amigo que encontraram morto. E pergunto quando poderei ser tua, se vens ter comigo, de tão negro porto.
Ah, quem põe cadeias também nos meus braços? Quem minha alma assombra com tanto perigo? Em sonho rodeias meus ocultos passos. Ouve a tua sombra o que, longe, digo?
Vejo-te na igreja, vejo-te na ponte, vejo-te na sala… Todo o meu castigo é que não me veja, também, no horizonte. Que ouça a tua fala sem me ver contigo.
Na minha janela, pousa a luz da lua. lá não mais consigo descanso em meu sono. Pela noite bela, o amor continua. Deita-me consigo aos pés do seu dono.