Não só inalcançável por ele mas por ela própria e pelo mundo. Ela vivia de um estreitamento no peito: a vida. (…)

Ela se guardava. Por que e para quê? Para o que estava ela se poupando? Era um certo medo da própria capacidade, pequena ou grande, talvez por não conhecer os próprios limites. (…)

O que ela era, era apenas uma pequena parte de si mesma.

Sua alma incomensurável. Pois ela era o Mundo. E no entanto vivia o pouco.


Clarice Lispector

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+ Vou perder o resto do medo do mau gosto, vou começar meu exercício de coragem, viver não é coragem, saber que se vive é a coragem. - Clarice Lispector

+ Vou-lhes contar um segredo: a vida é mortal. - Clarice Lispector

+ Vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria." ... - Clarice Lispector

+ Vou me acrescentando em folhas. (Água Viva) - Clarice Lispector

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