Primeiro, não queremos perder

É lógico não querer perder. Não deveríamos ter de perder nada: Nem saúde, nem afetos, nem pessoas amadas. Mas a realidade é outra: Experimentamos uma constante alternância de ganhos e perdas.

Segundo: Perder dói mesmo. Não há como não sofrer. É tolice dizer não sofra, não chore. A dor é importante. O luto também.

Terceiro: Precisamos de recursos internos para enfrentar a tragédia e a dor. A força decisiva terá que vir de nós, de onde foi depositada a nossa bagagem. Lidar com a perda vai depender do que encontrarmos ali.

A tragédia faz emergir forças inimagináveis em algumas pessoas. Por mais devorador que seja, o mesmo sofrimento que derruba faz voltar a crescer.

Quando é hora de sofrer não temos de pedir licença para sentir, e esgotar, a dor. O luto é necessário, ou a dor ficará soterrada, seu fogo queimando nossas últimas reservas de vitalidade e fechando todas as saídas.

Aprendi que a melhor homenagem que posso fazer a quem se foi é viver como ele gostaria que eu vivesse: bem, integralmente, saudavelmente, com alegrias possíveis e projetos até impossíveis. Primeiro, não queremos perder.


Lya Luft

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+ Que o outro não me considere sempre disponível. - Lya Luft

+ Uma voz que fica calada muito tempo, quando vai falar, grita. - Lya Luft

+ A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura. - Lya Luft

+ Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega. - Lya Luft

+ Apesar das minhas fragilidades, avanço. - Lya Luft

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