Que minha dor obscura não morra nas tuas asas, Nem se me afogue a voz em tua garganta de ouro.
Desfaz, Amor, o ritmo Destas águas tranquilas: Sabe ser a dor que estremece e que sofre, Sabe ser a angústia que se grita e retorce.
Não me dês o olvido. Não me dês a ilusão. Porque todas as folhas que na terra caíram Me deixaram de ouro aceso o coração.
Pablo Neruda
Outras frases de Pablo Neruda
+ Ainda que chova, ainda que doa. Ainda que a distância corroa as horas do dia e caia a noite sem estrelas, o mundo brilha um pouquinho mais a cada vez que você sorri. - Pablo Neruda
+ Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira. - Pablo Neruda
+ Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos, já não se adoçará junto a ti a minha dor. Mas para onde vá levarei o teu olhar e para onde caminhes levarás a minha dor. Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos uma curva na rota por onde o amor passou. Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame, daquele que corte na tua chácara o que semeei eu. Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste. Venho dos teus braços. Não sei para onde vou. ...Do teu coração me diz adeus uma criança. E eu lhe digo adeus. - Pablo Neruda
+ E desde então, sou porque tu és E desde então és sou e somos... E por amor Serei... Serás... Seremos... - Pablo Neruda
+ A Dança/ Soneto XVII Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo: amo-te como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma. Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si, oculta a luz daquelas flores, e graças a teu amor vive escuro em meu corpo o apertado aroma que ascendeu da terra. Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira, senão assim deste modo em que não sou nem és tão perto que tua mão sobre meu peito é minha tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho. - Pablo Neruda