Frases de Charles Bukowski
+ Já se deu conta de que se eu fosse uma calculadora eu poderia entrar em pane registrando as infinitas vezes que você usou esse olhar castanho-claro? - Charles Bukowski
+ Eu tive tantas facas espetadas em mim, que quando me entregam uma flor, eu não consigo entender o que é. Leva tempo. - Charles Bukowski
+ Como uma pessoa pode gostar de ser acordada diariamente pelo despertador às 6h30, pular da cama, se vestir rápido, comer depressa, cagar, mijar, escovar os dentes, pentear o cabelo, lutar contra um imenso engarrafamento para chegar a um lugar onde essencialmente se faz muito dinheiro para outra pessoa e ainda ter que agradecer por essa oportunidade? - Charles Bukowski
+ Começo a significar cada vez menos pras pessoas, e elas pra mim. - Charles Bukowski
+ Bem, tudo o que se pode fazer é esperar a morte chegar. - Charles Bukowski
+ Todas aquelas pessoas. O que estão fazendo? O que estão pensando? Todos nós vamos morrer, que circo! Só isso deveria fazer com que amássemos uns aos outros, mas não faz. Somos aterrorizados e esmagados pelas trivialidades, somos devorados por nada. - Charles Bukowski
+ O enterro de meu pai. Lembro que atravessamos a rua e entramos na casa mortuária. Alguém dizia que meu pai tinha sido um bom homem. Me deu vontade de contar a eles o outro lado. Que ele era um homem ignorante. Cruel. Patriótico. Com fome de dinheiro. Mentiroso. Covarde. Um impostor. Minha mãe só estava há um mês debaixo do chão e ele já estava chupando os peitos e dividindo o papel higiênico com outra mulher. Depois alguém cantou. Nós desfilamos diante do caixão. Talvez eu cuspa nele, pensei. - Charles Bukowski
+ Não pedimos por felicidade, apenas por um pouco menos de dor. - Charles Bukowski
+ Na verdade, não sou muito bom com as palavras. Sinto-me muito tímido e nervoso. Guardo tudo para pôr no papel. Tenho certeza de que o senhor ficará desapontado comigo, mas sempre fui assim. - Charles Bukowski
+ "Ergui-me e tomei o rumo de minha pensão. A lua brilhava. Meus passos ecoavam pela rua vazia, parecendo os passos de um perseguidor. Olhei ao redor. Eu estava enganado. Somente a solidão me acompanhava." - Charles Bukowski
+ Sem mais dinheiro no banco; Sem mais a quem agradecer; O que é que vou fazer? Vamos apagar as luzes e dormir. - Charles Bukowski
+ Era um homem feio, com cicatrizes no rosto, mas lindo se você olhasse pra ele tempo suficiente - alguma coisa em seus olhos, no seu estilo, sua coragem, sua obstinada solidão. - Charles Bukowski
+ E lembre-se dos velhões que lutaram tão bem. Hemingway, Dostoievski...se você acha que eles não enlouqueceram em quartos minúsculos, como o que você tá fazendo agora, sem mulheres, sem comida, sem...sem esperança. Beba mais cerveja, ainda da tempo. E se não der, tá tudo bem. - Charles Bukowski
+ “Ainda escrevo para não ficar louco, ainda escrevo para explicar esta maldita vida para mim mesmo” - Charles Bukowski
+ “Raramente encontro uma pessoa rara ou interessante. É mais que perturbador, é um choque constante. Está me tornando um maldito mal-humorado. Qualquer um pode ser um maldito mal-humorado, e a maioria é. Socorro!” - Charles Bukowski
+ Olhei o rosto dela e pensei: merda, eu a amo. Que vou fazer? - Charles Bukowski
+ Muitas vezes o charme diminui quando chega perto demais da realidade. - Charles Bukowski
+ Minha alma embriagada de cerveja é mais triste do que todas as árvores de Natal mortas do mundo. - Charles Bukowski
+ Finalmente chegou o dia do Baile de Formatura. Foi realizado no ginásio feminino com música ao vivo, uma banda de verdade. Não sei por que, mas andei até lá naquela noite, os quatros quilômetros que separavam a escola da casa dos meus pais. Fiquei do lado de fora, no escuro olhando para o baile, através das janelas gradeadas, completamente admirado. Todas as garotas pareciam extremamente crescidas, imponentes, adoráveis, trajando vestidos longos, e todas exalando beleza. Quase não as reconheci. E os garotos em seus smokings estavam muito bem, dançavam com perfeição, cada qual segurando uma garota nos braços, seus rostos pressionados contra os cabelos delas. Todos dançavam com extrema graça, e a música vinha alta e límpida e boa, potente. Então vislumbrei o reflexo do meu rosto a admirá-los marcado por espinhas e cicatrizes, minha camisa surrada. Eu era como uma fera da selva atraída pela luz, olhando para dentro. Por que eu tinha vindo? Sentia-me mal. Mas continuava assistindo a tudo. A dança terminou. Houve uma pausa. Os casais trocavam palavras com facilidade. Era algo natural e civilizado. Onde eles tinham aprendido a conversar e a dançar? Eu não podia conversar ou dançar. Todo mundo sabia alguma coisa que eu desconhecia. As garotas eram tão lindas; os rapazes, tão elegantes. Eu ficaria aterrorizado só de olhar para uma daquelas garotas, o que dizer ficar sozinho em sua companhia. Mirá-la nos olhos ou dançar com ela estaria além das minhas forças. E ainda assim eu tinha consciência de que o que via não era tão simples e nem bonito como aparentava ser. Havia um preço a ser pago por aquilo tudo, uma falsidade generalizada na qual facilmente se poderia acreditar e que poderia ser o primeiro passo para um beco sem saída. A banda voltou a tocar e as garotas e os garotos recomeçaram a dança, e as luzes sobre suas cabeças giravam, lançando sobre os casais reflexos dourados, depois vermelhos, azuis, verdes e então novamente dourados. Enquanto eu os observava, dizia para mim mesmo que um dia minha dança iria começar. Quando este dia chegasse teria alguma coisa que eles não têm. De repente, contudo, aquilo se tornou demais para mim. Eu os odiei. Odiei sua beleza, sua juventude sem problemas e, enquanto os via dançar por entre o mar de luzes mágicas e coloridas, abraçados uns aos outros, sentindo-se tão bem, pequenas crianças ilesas, desfrutando de sua sorte temporária, odiei-os por terem algo que eu ainda não tinha, e disse para mim mesmo, repeti para mim mesmo, algum dia serei tão feliz quanto vocês, esperem para ver. Seguiram dançando, enquanto eu repetia minha frase para eles. - Charles Bukowski
+ Eu precisava urgentemente de uma bebida. Era sábado, a cidade inteira estava bêbada. - Charles Bukowski
+ Estamos com medo. nosso sistema educacional nos diz que podemos ser todos grandes vencedores. eles não nos contaram a respeito das misérias ou dos suicídios. ou do terror de uma pessoa sofrendo sozinha num lugar qualquer intocada incomunicável regando uma planta. as pessoas não são boas umas com as outras. as pessoas não são boas umas com as outras. as pessoas não são boas umas com as outras. suponho que nunca serão. não peço para que sejam. mas às vezes eu penso sobre isso. - Charles Bukowski
+ (...) cada pessoa, suponho, tem suas excentricidades das em um esforço para parecer normal aos olhos do mundo elas se superam e desse modo destroem seu algo a mais. - Charles Bukowski
+ A maioria das pessoas não está pronta para a morte, a sua ou a dos outros. Ela as choca, as apavora. É como uma grande surpresa. Diabos, não deveria ser nunca. Levo a morte em meu bolso esquerdo. Às vezes, tiro-a do bolso, e falo com ela: ’oi gata, como vai? Quando virá me buscar? Vou estar pronto’. - Charles Bukowski
+ Que coisa mais triste, tudo é tão triste - a gente passa a vida inteira feito bobo pra depois morrer que nem besta. - Charles Bukowski
+ Eu não gostava de festas. Eu não sabia dançar, e as pessoas me assustavam, especialmente as pessoas em festas. Elas tentavam ser atraentes e alegres e espirituosas e, embora esperassem exercer bem todas essas funções, fracassavam. Elas não eram boas nisso. O fato de tentarem com tamanho afinco só piorava as coisas. - Charles Bukowski