Frases de Clarice Lispector
+ Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim, é uma tranquilidade. - Clarice Lispector
+ Me deram um nome e me alienaram de mim. - Clarice Lispector
+ Me definir é muito difícil. Às vezes pareço comum, às vezes singular. Sou bem assim: metamorfose ambulante. Adolescente em crise. Crises. De tudo o que você imaginar. O que mais valorizo no mundo?amigos. O melhor sentimento? Felicidade. O melhor verbo? Amar. Conheço uma parte de uma frase, não sei o autor, mas ela define bem quem sou: viver é tentar ser feliz. É o que faço: vivo. E sim, me considero uma pessoa feliz, apesar de tudo. Depois de uma queda? Levanto e sigo em frente. Já desisti de contar os mil e um foras que dou. Vivo em busca de muita coisa, mas já possuo a principal delas: a alegria. Uma companhia? Livros. Algo que te alegra? De novo os preciosíssimos amigos. Bom, termino as ridicularidades desta minha descrição breguíssima com uma pergunta minha, e uma resposta fantástica, que se encaixa perfeitamente no meu caso. Quem sou eu? "Eu sou uma pergunta". - Clarice Lispector
+ Me busco no meu grande vazio. - Clarice Lispector
+ Me abrace, que no abraço mais do que em palavras, as pessoas se gostam. - Clarice Lispector
+ Mau é não viver, só isso. Morrer já é outra coisa. Morrer é diferente do bom e do mau. - Clarice Lispector
+ Mas você – eu não posso nem quero explicar – eu agradeço. - Clarice Lispector
+ "Mas vale a pena, mesmo que doa." - Clarice Lispector
+ Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará. - Clarice Lispector
+ ...Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo. Quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação a ser? E no entanto não há outro caminho. Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo?... - Clarice Lispector
+ Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. - Clarice Lispector
+ Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo. - Clarice Lispector
+ Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. - Clarice Lispector
+ Mas sentimentos são água de um instante. Em breve – como a mesma água já é outra quando o sol a deixa muito leve, e já outra quando se enerva tentando morder uma pedra, e outra ainda no pé que mergulha. - Clarice Lispector
+ Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada. - Clarice Lispector
+ Mas se nós, que somos os reis da natureza, não havemos de ter medo, quem há de ter? - Clarice Lispector
+ Mas se eu não prestava, eu fora tudo o que aquele homem tivera naquele momento. Pelo menos uma vez ele teria que amar, e sem ser a ninguém.. - Clarice Lispector
+ Mas se eu gritasse uma só vez que fosse, talvez nunca mais pudesse parar. Se eu gritasse ninguém poderia fazer mais nada por mim; enquanto, se eu nunca revelar a minha carência, ninguém se assustará comigo e me ajudarão sem saber; mas só enquanto eu não assustar ninguém por ter saído dos regulamentos. Mas se souberem, assustam-se, nós que guardamos o grito em segredo inviolável. Se eu der o grito de alarme de estar viva, em mudez e dureza me arrastarão pois arrastam os que saem para fora do mundo possível, o ser excepcional é arrastado, o ser gritante. - Clarice Lispector
+ Mas se eu esperar compreender para aceitar as coisas – nunca o ato de entrega se fará. Tenho que dar o mergulho de uma só vez, mergulho que abrange a compreensão e sobretudo a incompreensão. E quem sou eu para ousar pensar? Devo é entregar-me. Como se faz? Sei porém que só andando que se sabe andar e – milagre – se anda. Eu, que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o quê. - Clarice Lispector
+ Mas quero ter a liberdade de dizer coisas sem nexo como profunda forma de te atingir. Só o errado me atrai, e amo o pecado, a flor do pecado. - Clarice Lispector
+ Mas, quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que curumins. Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre. E, como se sabe, sempre não acaba nunca. - Clarice Lispector
+ Mas por que eu? Mas por que não eu. Se não tivesse sido eu, eu não saberia, e tendo sido eu, eu soube - apenas isto. O que é que me havia chamado: a loucura ou a realidade? - Clarice Lispector
+ Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer "pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia. Mas eu escapei disso, - Clarice Lispector
+ Mas o vazio tem o valor e a semelhança do pleno. Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é a resposta a meu – a meu mistério. - Clarice Lispector
+ Mas o pior é o súbito cansaço de tudo. Parece uma fartura, parece que já se teve tudo e que não se quer mais nada. - Clarice Lispector