Frases de Clarice Lispector

+ Eu sou nostálgica demais, pareço ter perdido alguma coisa não se sabe onde e quando. - Clarice Lispector

+ Eu sou mansa mas minha função de viver é feroz. - Clarice Lispector

+ Eu sou mais forte do que eu. - Clarice Lispector

+ Eu sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura. - Clarice Lispector

+ Eu sou do tipo dos sem tipos. - Clarice Lispector

+ Eu sou assim, quero tudo e quero agora! Uns chamam de mimada, mas eu prefiro decidida. - Clarice Lispector

+ Eu sonho acordada, mesmo como uma mocinha de quinze anos. É o que se chama de sonho estéril. Imagino conversas, imagino situações e cenas – pareço nunca ter tido nenhuma experiência. - Clarice Lispector

+ Eu só trabalho com achados e perdidos. - Clarice Lispector

+ Eu só pensava: eu não valho tanto. Daí a pouco já estava pensando: e eu que não sabia que valia tanto... - Clarice Lispector

+ Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade. - Clarice Lispector

+ Eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas (...) o que eu disser soará fatal e inteiro! - Clarice Lispector

+ "Eu sempre preferi o menos ao mais por medo também do ridículo: é que há também o dilaceramento do pudor." - Clarice Lispector

+ Eu sempre fui e imediatamente não era mais. - Clarice Lispector

+ Eu sempre espero uma coisa nova de mim, eu sou um frisson de espera - algo está sempre vindo de mim ou fora de mim. - Clarice Lispector

+ Eu sei gargalhar com os olhos, e sorrir com o corpo todo. - Clarice Lispector

+ Eu sei de muito pouco. Mas tenho a meu favor tudo o que não sei e – por ser um campo virgem – está livre de preconceitos. Tudo o que não sei é a minha parte maior e melhor: é minha largueza. É com ela que eu compreenderia tudo. Tudo o que eu não sei é que constitui a minha verdade. - Clarice Lispector

+ Eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim. - Clarice Lispector

+ Eu quero simplesmente isto: o impossível. - Clarice Lispector

+ Eu quero o pensar-sentir hoje e, não, tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã. Tenho certa pressa em sentir tudo. - Clarice Lispector

+ Eu quero a verdade que só me é dada através do seu oposto, de sua inverdade. E não aguento o cotidiano. Deve ser por isso que escrevo. Minha vida é um único dia. E é assim que o passado me é presente e futuro. Tudo numa só vertigem. E a doçura é tanta que faz insuportável cócega na alma. Viver é mágico e inteiramente inexplicável. Eu compreendo melhor a morte. Ser cotidiano é um vício. O que é que eu sou? sou um pensamento. Tenho em mim o sopro? tenho? mas quem é esse que tem? quem é que fala por mim? tenho um corpo e um espírito? eu sou um eu? "É exatamente isto, você é um eu", responde-me o mundo terrivelmente. E fico horrorizado. Deus não deve ser pensado jamais senão Ele foge ou eu fujo. Deus deve ser ignorado e sentido. Então Ele age. Pergunto-me: por que Deus pede tanto que seja amado por nós? resposta possível: porque assim nós amamos a nós mesmos e em nos amando, nós nos perdoamos. E como precisamos de perdão. Porque a própria vida já vem mesclada ao erro. - Clarice Lispector

+ Eu quero a verdade que só me é dada através do seu oposto, de sua inverdade. E não aguento o cotidiano. Deve ser por isso que escrevo. - Clarice Lispector

+ ⁠Eu queria uma liberdade olímpica. Mas essa liberdade só é concedida aos seres imateriais. Enquanto eu tiver corpo ele me submeterá às suas exigências. Vejo a liberdade como uma forma de beleza e essa beleza me falta. - Clarice Lispector

+ Eu queria que no meu modo de te fixar para mim mesmo nada tivesse recortes e definições: tudo se entremoveria num moto circular. - Clarice Lispector

+ ⁠Eu queria fazer uma história cheia de todos os instantes, mas isso sufocava o próprio personagem. Acho mesmo que meu mal é querer ter todos os instantes. - Clarice Lispector

+ Eu queria escrever um livro. Mas onde estão as palavras? esgotaram-se os significados. Como surdos e mudos comunicamo-nos com as mãos. Eu queria que me dessem licença para eu escrever ao som harpejado e agreste a sucata da palavra. E prescindir de ser discursivo. Assim: poluição. Escrevo ou não escrevo? - Clarice Lispector