Frases de Clarice Lispector

+ E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. - Clarice Lispector

+ E o amor, em vez de dar, exige. - Clarice Lispector

+ E num tempo perdido fui uma camélia branca na lapela de um negro. - Clarice Lispector

+ E nós sabemos Deus. E o que precisamos Dele, extraímos. (Não sei o que chamo de Deus, mas assim pode ser chamado). Se só sabemos muito pouco de Deus, é porque precisamos pouco: só temos Dele o que fatalmente nos basta, só temos de Deus o que cabe em nós. (A nostalgia não é do Deus que nos falta, é a nostalgia de nós mesmos que não somos bastante; sentimos falta de nossa grandeza impossível - minha atualidade inalcançável é o meu paraíso perdido). in A Paixão Segundo GH. pág 150 - Clarice Lispector

+ E ninguém é eu. Ninguém é você. Esta é a solidão. - Clarice Lispector

+ E nesse silêncio profundo se esconde a minha vontade de gritar. - Clarice Lispector

+ E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. - Clarice Lispector

+ " e nem ao menos quero que me seja explicado aquilo que para ser explicado teria que sair de si mesmo. Não quero que me seja explicado o que de novo precisaria da validação humana para ser interpretado. " - Clarice Lispector

+ E nela se aloja um 'eu'. Um corpo separado os outros, e aisso se chama de 'eu'? É estranho ter um corpo onde se alojar, um corpo onde sangue molhado corre sem parar, onde a boca sabe cantar, e os olhos tantas vezes devem ter chorado. Ela é um 'eu'. - Clarice Lispector

+ É necessário certo grau de cegueira para poder enxergar determinadas coisas. - Clarice Lispector

+ E naquele momento evitava precisamente a solidão, que seria uma bebida forte demais. - Clarice Lispector

+ E não esquecer que a estrutura do átomo não é vista mas sabe-se dela. Sei de muita coisa que não vi. - Clarice Lispector

+ E não caminharei "de pensamento a pensamento", mas de atitude a atitude. - Clarice Lispector

+ E morre-se, sem menos uma explicação. E o pior - vive-se, sem ao menos uma explicação. - Clarice Lispector

+ E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só pra si? O que, é verdade, nem sempre seria cômodo, há horas em que não se quer ter sentimentos. - Clarice Lispector

+ E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si? - Clarice Lispector

+ E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado: – Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor? - Clarice Lispector

+ E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. - Clarice Lispector

+ “É incômodo ser dois: eu para mim e eu para os outros.” - Clarice Lispector

+ É horrivelmente insípido, meu amor. - Clarice Lispector

+ E foi tão corpo que foi puro espírito. (Perto do coração selvagem) A loucura é vizinha da mais cruel sensatez. Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente. (A descoberta do mundo) Bem atrás do pensamento tenho um fundo musical. (Água viva) Escuta: Eu te deixo ser, deixa-me ser então. (Água viva) Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece. (A descoberta do mundo) Fiquei até com vontade de chorar mas felizmente não chorei porque quando choro fico tão consolada. (Todas as cartas) Por enquanto estou inventando a tua presença. (A paixão segundo G. H.) Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada. De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor. Para que te servem essas unhas longas? Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem. Para que te serve essa cruel boca de fome? Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada. Para que te servem essas mãos que ardem e prendem? Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto – uivaram os lobos, e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir. (Felicidade clandestina) Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. (Perto do coração selvagem) - Clarice Lispector

+ E foi tão corpo que foi puro espírito. - Clarice Lispector

+ E falo bem baixo para que os ouvidos sejam obrigados a ficar atentos e a me ouvir. - Clarice Lispector

+ "E "eu te amo" era uma farpa que não se podia tirar com uma pinça. Farpa incrustada na parte mais grossa da sola do pé. Ah, e a falta de sede. Calor com sede seria suportável. Mas ah, a falta de sede. Não havia senão faltas e ausências. E nem ao menos a vontade. Só farpas sem pontas salientes por onde serem pinçadas e extirpadas. " - Clarice Lispector

+ E eu? Quem sou eu? Como me classificaram? Deram-me um número? Sinto-me numerificada e toda apertada. Mal caibo dentro de mim. Eu sou um euzinho muito mixa. Mas com certa classe... - Clarice Lispector