Frases de Evan Do Carmo

+ Um diálogo entre o filósofo e o poeta- ambos habitam em mim - A vida está passando, meu caro poeta, então o que foi que fizeste da vida? - Fiz muitas coisas, aliás fiz mais poesia do que coisas, afinal as coisas se diluem com o tempo; já a poesia, esta flui como o rio de Heráclito, se transforma. - Nada permanece para sempre, poeta, nem mesmo o rio, tampouco tua poesia se transformará em algo concreto. - Mas o que queres dizer com isto, meu caro filósofo, tens tu produzido algo imortal, algum pensamento que suportará o crivo da eternidade, caso ela exista de fato? - Creio que não, e, todavia, enquanto observo e descrevo o mundo sensivel, tu ficas aí com as tuas viagens metafisicas, tentando encontrar a razão para a existência do tudo e do nada. - Quem de nós dois é mais alienado? As coisas são o que são, e isto não tem autoria intelectual, elas são como são, nós é que tentamos lhes dar outro sentido ou significado... - Evan Do Carmo

+ Um caso real da literatura brasileira Seguindo a sua rotina, a de sempre ir ao supermercado no final da tarde, para fazer compras para o jantar, o Antônio não tinha muita pressa, vivia sossegado. Era metódico e organizado, sempre saia na mesma hora de casa, seguia seu ritual diário. Entrava em seu carro, um 4x4 esportivo, dava a partida, ligava o som, para ouvir as notícias do final do dia, seu carro não era exatamente um carro de playboy, mas era um carro bonito e possante, que chamava a atenção das pessoas, pelo seu tamanho e potência. Eram seis e meia da tarde, ou da noite para alguns, o fato é que era noite para o Antônio, pois em sua região o sol se punha mais cedo. Neste dia, porém, em que relato os fatos ocorridos, fatos dignos de atenção do leitor desta coluna, o Antônio achava que seria apenas mais um dia como os demais, que iria ao mercado, voltaria em paz e segurança, e que faria sua costumeira comidinha caseira para agradar a sua esposa. Antônio era jornalista aposentado, na verdade vivia de renda, tinha lá um pouco de dinheiro aplicado, dinheiro que recebera por uma aposentadoria voluntária, que o governo brasileiro havia promovido e incentivado antigos servidores federais a se aposentar antes da hora. Antônio estava na melhor fase de sua vida, tinha casado já seus dois filhos, vivia com esposa a sua terceira lua de mel. Era um casal ainda jovem para os padrões atuais, ambos com sessenta anos, fortes e saudáveis, tinha uma vida sexualmente ativa e muito satisfatória, não tinha muito com o que se preocupar, vida financeira equilibrada sem nenhuma grande causa para lutar, queriam apenas viver e aproveitar seus melhores dias. Antônio, neste dia em questão, foi ao mercado, como sempre fez, comprou seus ingredientes para o jantar, verificou que havia chegado o seu vinho favorito, vinho que ele tomava sozinho, uma garrafa por semana, especialmente na hora de cozinhar. Conversou com a moça do caixa, falou da família e dos netos, incentivou a atendente do caixa a estudar, pois segundo ele, a vida tinha muito mais para oferecer do que um emprego simples de caixa de supermercado. A moça agradeceu, como sempre fazia, era solista, mas não tinha lá grandes chances de subir na vida, pensava o Antônio, que ela apesar de ouvir seus conselhos nunca deixaria de ser caixa, estava na verdade contente com seu trabalho. Antônio pagou sua conta e se despediu de todos, entrou em seu carro e seguiu para sua casa, que ficava a duas quadras do supermercado. Antônio morava em um condomínio de classe média, tinha seus privilégios quanto ao luxo de morar bem, morava em numa cobertura, seu prédio tinha área de lazer e segurança 24 e horas por dia. A garagem era como sua sala, não tinha a menor chance de ser abordado por estranhos. Mas para tudo na vida sempre há, como dizem os mais velhos, sua vez. E este dia era a vez do ineditismo acontecer com Antônio. Ao sair do carro, foi surpreendido por um homem bem vestido, que lhe apontou uma arma e disse: -Entre no carro, vamos dar uma volta. Antônio calmamente lhe respondeu: -Não vou a lugar nenhum. Se quiser me roubar, me roube aqui mesmo, e se por acaso deseja me matar, faça aqui, pois não costumo andar com estranhos, muito menos na hora sagrada de fazer o jantar para minha esposa. O homem bem vestido, que ainda não sabemos ser um ladrão comum, balançou a cabeça e disse: -Mas você é mesmo louco, não está entendendo o que lhe digo, ou está tirando onda com a minha cara? Estou lhe dando uma ordem, entre no carro e dirija para fora da cidade. Antônio olha para o lado, não vê ninguém, está sozinho, apenas ele e o ladrão, ou o lunático que desejava dar uma voltinha de carro com ele. Antônio pensou, que seria mais um pervertido, pois o homem bem vestido não tinha as características comuns de um assaltante. O homem vestia um terno preto, mas de boa qualidade, não era um segurança do prédio, Antônio conhecia todos os empregados do seu condomínio, e, para estar ali, e ter entrado pela portaria, só podia ser um morador, alguém que premeditou cuidadosamente o evento. Antônio diz para seu algoz, ainda com aparente calma: -Não sei o que o senhor pretende com esta história de andar comigo de carro, poderia ser mais claro? Seja direto, o que realmente deseja? Como o senhor se chama? O Homem abaixou a arma, se encostou no carro e começou a chorar. Entre lamentos dizia: -Sou um desgraçado, me desculpe. Estou com uma doença terminal, moro aqui já faz alguns anos, sou viúvo há muito anos, e tenho observado a sua vida tranquila, sua rotina diária. Já pude ver o quanto é feliz com sua esposa. Então por viver só e abandonado, sem filho e parente por perto, e ainda condenado à morte, resolvi fazer alguma coisa para chamar a sua atenção. Veja, eu falo a verdade, esta arma, por exemplo, é uma arma de brinquedo, comprei com este intuito, o de lhe causar algum sofrimento e angústia. Mas sua reação me deixou ainda mais confuso. Quem em sã consciência, neste mundo perigoso, agiria desta forma ao ser abordado com uma arma na cabeça?. Qual é o seu segredo, por que leva a vida desta maneira incomum? Antônio riu do homem, que ainda chorava descontroladamente e disse: -Não tenho nenhum segredo, meu amigo, só penso que a vida não é assim tão complicada, como parece para a maioria das pessoas, e quanto a morrer nesta altura da minha vida, não me diz nada, tanto faz, estou satisfeito com o que fiz e vivi até aqui. -Mas me conte mais sobre sua vida e doença, quem sabe eu não posso lhe ajudar. O Homem de terno preto, marchou em direção a uma lixeira e jogou a arma de plástico. Voltou em direção ao Antônio e disse: -Me desculpe, eu sou um homem desgraçado, mas poderia me fazer um grande favor? Não conte sobre isso para ninguém, nem me entregue para a polícia. Eu não mereço tanta consideração assim, esqueça este meu vexame. Antônio olhou com piedade para o homem, que agora já estava mais calmo e disse: -Não se preocupe, será o nosso segredinho, e se ainda quiser dar um volta no meu carro, podemos ir. O homem riu desconcertado e disse: -Não, muito obrigado, tenho que voltar para casa já está na hora de tomar os meus remédios. Antônio pegou suas compras, acionou o alarme do seu carro, entrou no elevador e entrou em casa sorrindo, como quem tivera uma visão de algo inverossímil. - Evan Do Carmo

+ Um barco segue rumo ao norte com sorte chegará ao sul esta é a sina do errante navegante, que não calcula ...... a força e a direção do vento que não ouve a voz do silêncio, este barco sou eu e tu.... - Evan Do Carmo

+ Tudo que vem em tuas mãos te pertence. Continuar sendo dono, depende da maneira como tratas o que tens. - Evan Do Carmo

+ Tudo que precisas saber sobre os homens e os deuses está em Homero. As escrituras sagradas dos indianos falam um pouco mais dos imortais. Vai com Sócrates, a Platão e Aristóteles, não te esqueças de Voltaire e de Descartes. Antes disso leia os épicos universais. Pense em Dante, na suprema poesia, e com Shakespeare experimenta a maestria, dos fantasmas recitando a humanidade. Vai a Proust entender a descrição e o ciúme... Anda ao lado de Cervantes e Dom Quixote, nos caminhos deste gênio inventor da liberdade. - Evan Do Carmo

+ Tudo que é belo atrai o poeta, assim todas as mulheres lhe fascinam, contudo, apenas a musa lhe completa, a sua noção errônea de completude. - Evan Do Carmo

+ "Tudo é caos, desespero e abismo, par a alma que habita em profunda escuridão, presa no grilhão do egoismo." - Evan Do Carmo

+ TUA MÃO tua mão, taça refratária onde bebo o vinho e o sangue da tua imperfeição! tua mão poderia ser calma doce e refrigério tua mão é suor e lágrima angústia e medo afeto e repúdio. tua mão é sonho e pesadelo paz e desespero poema improvável tua mão taça refratária onde bebo o vinho e o sangue da tua imperfeição! Evan do Carmo - Evan Do Carmo

+ “Todos os nossos sentidos são reações químicas, o único sentido que foge está regra natural é o amor. O amor é a nossa liberdade da predestinação biológica. Só somos livres quando amamos.” - Evan Do Carmo

+ "Todos nós ", nós os que já saímos do jardim da infância, sabemos que a vida é uma bela e trágica ilusão, contudo, para que discutir o assunto, com poesia, política ou religião, se argumentos contraditórios não podem mudar os fatos nem o Status quo...!?" - Evan Do Carmo

+ "Todos fazem importante o mundo onde vivem. Contudo, a criação de todos os mundos são apenas ilusão de ego." - Evan Do Carmo

+ Todo verdadeiro poeta é cético contudo, levam a vida a falar de metafisica, de almas e de coisas semelhantes são sobremodo adoradores da beleza e do amor - Evan Do Carmo

+ “Todo louco se acha um gênio, mas todo gênio sabe que é louco.” - Evan Do Carmo

+ Todo homem tem direito a um instante de lucidez... o meu é a desesperança. - Evan Do Carmo

+ Todo homem só deve morrer quando for cabalmente instruído sobre a sua insignificância na eternidade!!! Evan do Carmo - Evan Do Carmo

+ Todo homem se faz grande em sua mediocridade social, cada um procura encontrar, em seu casulo, algum modo de ampliar a importância da sua metamorfose insignificante. - Evan Do Carmo

+ Todo homem é filho da sua própria obra, daquilo que vai fazendo durante toda sua existência. - Evan Do Carmo

+ Toda virtude é duvidosa, já a falta dela é facilmente aceitável. - Evan Do Carmo

+ “Toda solução é enigma de um problema, portanto não há modo simples para resolver problema complexo. Uma adptação de Descartes” - Evan Do Carmo

+ Toda metafisica é tribal. Mas não existe religião sem metafisica, assim, muitas vezes, todo seu trabalho para erguer colunas de sustentação de sua ética cai sobre terra, pois a metafisica exige alienação e crença no inexistente.Dessa forma todo princípio ético-moral desmorona, e o homem culto não consegue resistir ao fato de que toda metafisica seja tribal. - Evan Do Carmo

+ “Toda loucura que se comete por amor é perdoável, até mesmo casar-se” - Evan Do Carmo

+ Toda forma de religião possui sua própria ética, e é fato que os princípios morais são importantes para uma filosofia de vida moralmente aceita. Todavia, quanto aos princípios - estes são positivos, apenas quando são capazes de produzir uma ética humanista; por sua vez essa ética é capaz de desenvolver um espirito de cooperação entre os homens. Contudo, toda metafisica é tribal. Mas não existe religião sem metafisica, assim, muitas vezes, todo seu trabalho para erguer colunas de sustentação de sua ética cai sobre terra, pois a metafisica exige alienação e crença no inexistente.Dessa forma todo principio ético-moral desmorona, e o homem culto não consegue resistir ao fato de que toda metafisica seja tribal. - Evan Do Carmo

+ Toda forma de arte é válida, relevante e necessária, mas o livro está acima de todas as outras. Do livro se faz o filme, a música e as ideologias, políticas e religiosas... do livro se forjam as revoluções, as gueras e a paz. - Evan Do Carmo

+ "Toda ação humana é motivada por competição, somos instinto de sobrevivência em desespero, para ser o maior, o mais forte, o mais sábio, o que chega primeiro. A razão poderia ser a nossa luz para uma consciência de cooperação recíproca, com objetivo de se preservar a vida de forma coletiva, mas no fundo, nessa luta, o que vence é a carne vaidosa com os desejos egoístas..." - Evan Do Carmo

+ Tese de Jean-Jacques Rousseau "O homem é bom por natureza..." Mas a convivência em sociedade nos embrutece. Minha tese: É que nascemos idiota, quando estudamos nos tornamos um idiota diplomado. - Evan Do Carmo