Frases de Evan Do Carmo

+ ⁠"Palavra não dita, ninguém acredita palavra cantada se finca na estrada com medo se entala o que se tem a alma por isso se canta onde o verbo cala." - Evan Do Carmo

+ ⁠OUVIDOS PARA MÚSICA NOVA Você que gosta de arte, que é culto, isso é muito nobre e inteligente, você que sabe citar Drummond, Vinicius e outros reluzentes. Saiba que existe MPB além de Caetano e Djavan, Milton e outros, hoje tão contentes... Há bossa nossa além de João Gilberto, poesia além de Fernando Pessoa. Música nova não soa bem em ouvidos velhos, Nietzsche chancelou este ideia universal. Eu a uso com bom propósito, pois tenho feito diferente dou valor ao clássico, acredito na sua imortalidade mas se você não souber ouvir e admirar o novo, vai acabar melancólico e depressivo, pois muito do que foi dito Já não serve para o mundo atual, e sobretudo, lembre-se, é arte que é viva e mutante, o ser humano relutante e inconstante, neste vasto fazer arte para que a nossa espécie humana seja livre... - Evan Do Carmo

+ ⁠OUTRORA TIVE MEDO DA GUERRA Outrora tive medo da guerra Pois lia nos livros, via nos filmes. Quão desesperador era fazer parte dela, fosse como vítima ou agressor. A guerra é o último estágio da bestialidade humana, conclusão de que o embrutecimento não é animal e sim humano. Animais não jogam bombas letais sobre os filhos dos seus irmãos. A guerra é obra prima do espírito egoísta, que faz morada na consciência dos homens. Outrora tive pavor da guerra, contudo sempre achei que não veria, com mesmos próprios olhos seu avanço sobre os inocentes.. Cheguei a duvidar dos livros e dos filmes, onde ela me parece tão cruel e desnecessária. A guerra, às vezes até parece poética, quando os heróis nos conquistam com discurso de bravura e nacionalismo. Mas a guerra existe fora dos livros e dos filmes, hoje vejo em alta definição sua força e realismo, sua estupidez sobre as crianças da Ucrânia. A guerra é real, ela acorda pais e mães para fugirem dos ataques noturnos, a guerra é hoje nosso maior enredo de uma epopéia trágica e realista . Evan do Carmo - Evan Do Carmo

+ ⁠Os versos que escrevi ficaram presos Nas páginas dos livros que deixei Mas antes que a vida em mim se desfez Senti o amor que em mim sempre fez lei. Lágrimas não rolem, não em meu nome Nem flores nem velas nem saudades Fui feliz, amei, fiz de ti meu nome A poesia que o mundo jamais invade. Leiam-me ainda, que eu estarei presente Em cada verso, em cada rima farta E dançarei em noites mórbidas e quentes Em cada copo, em cada voz que me desata. Já não importa a lápide ou o monumento O poeta que eu fui viverá o momento. - Evan Do Carmo

+ ⁠Os tribais, em qualquer tempo têm necessidade premente de ouvir tambores e ditirrambos. Os refinados pelo tempo, pela música da experiência, preferem sinfonias de pardais e sonatas de Mozart e Beethoven. - Evan Do Carmo

+ ⁠"Os medíocres não podem enxergar a luz que guia os gênios, por isso não reconhecem a escuridão onde habitam." - Evan Do Carmo

+ ⁠"Os ídolos são frágeis, basta um vento forte para reduzi-los a pó.... Contudo vem outro vento e molda outro ídolo." - Evan Do Carmo

+ ⁠Os homens têm o mesmo espírito, quando o assunto é ter certeza, sobre que palavras devem ou não proferir. Só um verdeiro sábio mede o efeito do que diz antes de falar. Só um sábio perfeito, e na carne não há sabedoria perfeita que impeça um homem de ferir quem lhe escuta. - Evan Do Carmo

+ Os homens são apenas ventres insaciáveis, são restos de coisas mortas, átomos aglomerados pelas mãos do caos. - Evan Do Carmo

+ Os homens riem e choram, quase ao mesmo tempo, numa variação espantosa de humor. A busca de sentido está no DNA, no puro instinto de sobrevivência, para as duas condições decadentes. Portanto, o que parece ser escolhas conscientes, não passam de reações químicas, respostas súbitas para saciar desejos latentes. O sentido de tudo reside na compreensão da eternidade, contudo a eternidade é algo inacessível para os homens. Por isso essa variação de humor constante. Durante o dia alguns mantem a lucidez carnal, e até se abraçam com a esperança, mas à noite, durante o caos noturno tudo despenca, deuses e santos, teologias e doutrinas, vem à tona antigos conflitos, tudo fica nebuloso, como se só durante a noite percebêssemos a nossa frágil condição mortal irreversível. - Evan Do Carmo

+ Os homens mais subterrâneos estão na política e na religião, pois não são atraídos pelos ritos nem por ideologias, com raras exceções, buscam apenas poder, dinheiro e fama... - Evan Do Carmo

+ ⁠Os homens lutam por causas que não compreendem, não raro recebem para apoiar ideologias alheias. Mesmo que não recebam para tal, acabam por comprar muito caro uma "opinião própria." - Evan Do Carmo

+ ⁠Os homens, em geral, procuram sentido para tudo, desejam a todo custo encontrar resposta e significado para as ações da humanidade. Neste vão empenho se aliam a partidos religiosos e ideológicos. O poeta, consciente de que não é possível esta utopia, se contenta em encontrar distração, momentos em que possa se iludir de que encontrou sentindo ou antídoto para para sua angústia existencial. - Evan Do Carmo

+ Os deuses gregos foram escupidos em mármore. Hoje em dia os que querem ser deuses da estética são só bolhas virtuais. - Evan Do Carmo

+ ÓPIO NEGRO Café, ópio negro que anima o coração de tanta gente ...mas dos poetas acalenta os dias frios em que a poesia não suporta a alma morna do mundo, que delira em recorrentes calafrios... - Evan Do Carmo

+ ⁠ÓPERA DO SILÊNCIO Na solidão sem fim que ora vivo por desgaste social outrora ativo busco a performance perfeita da minha mão direita criativa que embora senil e lenta, e às veze débil, continua viva. Afasto-me do mundo, de engano e retórica.Levado pela mão da minha redenção simbólica. Uma vez sozinho, sem o sabor da carne sem abraço-amigo sem o pão do Cristo sem o prazer do vinho, como Handel espero compor a ópera do silêncio na ilusão sagrada de construir o meu próprio ninho. Evan do Carmo 21/11/21 - Evan Do Carmo

+ ⁠ÓPERA DA VIDA Vi uma mulher chorando Nos cantos do mundo Nos becos da vida. Tão desvalida, desprotegida. Desesperada, ela chorava E perguntava se eu podia entender. Qual a razão do sofrimento, e eu não podia responder Se sou um homem que lhe consome O seu direito de viver. Se sou o homem que interrompe seu direito de crescer? Vi uma mulher chorando Nos cantos do mundo Nos becos da vida. Estava grávida, soturna e pálida a ponto de desfalecer Tão desvalida e corrompida pelo homem que lhe consome, e que lhe suga com prazer A seiva viva, e interrompe o direito de nascer. Vi uma mulher chorando Nos cantos do mundo Nos becos da vida. Tão desvalida, desprotegida Trazia ao colo uma criança quase morta E me dizia, o que importa? É só mais um que vai morrer. - Evan Do Carmo

+ OLHO GRANDE Sai pra lá, olho grande Tira o teu olho do meu Do meu caminho, Do meu viver Eu prego a paz E vivo o amor Na minha casa Não há lugar pra dissabor. Encontra o teu rumo, Segue os teus passos Sem embaraço Estende as mãos ao criador Que emana luz, não desamor Mas se contudo, não te valeu Sai do meu mundo, e cria o teu Porem no meu é pleno dia Samba e alegria nada de dor. Com tudo isso que já falei Vai um conselho renovador Se a luz do sol te incomoda Anda de noite, caro amador. - Evan Do Carmo

+ ⁠OLHAR DE RESSACA Você nem disfarça que gosta de mim deixa-me sem graça quando olha-me assim. Nem me pede desculpas quando esbarra comigo não sei mais ao certo se sou seu amigo. Não posso pensar já não tenho noção de até onde é que vai essa doce ilusão. Seu olhar de ressaca é um copo espumante me atrai ao um abismo, com suspiro de amante. O teu olhar de onça faminta impede que eu minta que eu negue o que sinto que sou um leão que ruge faminto morrendo de fome quando o teu olhar de mar arrebata-me me consome. - Evan Do Carmo

+ ⁠Ok, você não acredita em Deus. Tudo o que há na terra, depois do homem, foi projeto e criação da inteligência humana. Pois é fato que o avião não poderia surgir do nada, contudo, você presume que a inteligência que criou o avião seja fruto do acaso. Você não acha esta filosofia simplista demais? - Evan Do Carmo

+ ⁠Oh, vida tão doce e tão amarga vida, Sou um poeta, maldito, incompreendido, Através das rimas, a dor é desmedida, E o mundo em volta, é um fardo caído. Charles Baudelaire me ensinou a sonhar, Com o ópio deixa a mente a delirar, Rimbaud mostrou o caminho da loucura, E o café, ah, como ele desperta a ternura! Mas o vinho é a minha droga preferida, Ele me faz esquecer da solidão sofrida, E acalenta a minha alma tão ferida. Ser um poeta é uma sina, é um destino, Com as palavras, eu navego sem tino A minha alma transborda em verso divino. - Evan Do Carmo

+ ⁠Oh Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, sorriso aberto e sincero, a tua beleza é espantosa. Do Cristo Redentor aos Arcos da Lapa, do Pão de Açúcar às praias douradas, tua paisagem inspira a alma apaixonada e enche nossos corações de emoção desmedida. Na tua música, no teu samba, na tua gastronomia, na tua cultura, encontramos uma energia que nos acalma e nos faz sentir parte desta grande aventura. És um sonho de mil cores, uma dança ritmada sem fim, és o amor em forma de flores, que encanta todo aquele que chega até ti. Oh Rio de Janeiro, sempre serás a minha casa, do teu jeito caloroso e verdadeiro nunca me cansarei de encontrar graça. - Evan Do Carmo

+ ⁠Oh, Nietzsche, filósofo tão sublime, Nosso tempo ainda se curva a tua mente. Teus pensamentos nos levam a um limite, Ao ideal do super-homem, tão potente. Pois o homem é um ser demasiado humano, Limitado por crenças e valores. O espírito livre, contudo, é soberano, Encontrando a verdade em seus próprios amores. Não há quem possa compreender, A grandiosidade que está em nossas almas. O caminho a seguir é se desprender, E alcançar o ápice de nossas jornadas. Sejamos então mais fortes a cada dia, Que nasça em nós o melhor como guia. - Evan Do Carmo

+ ⁠Oh, minha flor Que fim levou aquele amor Que era antes, feito de sonho, Beijo e sorriso? O que restou foi tom menor Escala triste, como improviso A nos expor tamanha dor Longe das portas do paraíso. - Evan Do Carmo

+ ⁠Oh, efêmera existência humana! Tão breve é a vida tão plena de dor Ela é frágil como uma rosa que murcha Que fenece antes do seu esplendor Nós somos como a areia da praia Que vai e vem com as ondas do mar Pois a nossa existência é passageira E o tempo é o nosso algoz a ceifar Mas, ainda assim, seguimos adiante Construímos nossos sonhos com afinco Regamos com suor cada planta, cada cante E vamos em frente, sem desanimar Porque sabemos que somos uma centelha Na Vida maior, que nunca vai cessar. - Evan Do Carmo