Frases de Fernando Anitelli

+ Não há de ser nada pois sei que a madrugada acaba quando a lua se põe... - Fernando Anitelli

+ Pra dilatarmos a alma Temos que nos desfazer Pra nos tornarmos imortais A gente tem que aprender a morrer Com tudo aquilo que fomos E tudo aquilo que somos nós - Fernando Anitelli

+ Os olhos mentem dia e noite a dor da gente. - Fernando Anitelli

+ O Teatro Mágico Entrada Para Raros Fernando Anitelli Composição: Fernando Anitelli No inicio era o verbo... e o verbo era deus... E o verbo estava com deus, E já não eram sós , ambos conjugavam-se entre si, Discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa, Quem era verbo... quem era deus, A ação e a interpretação... quem era a parte e quem era o todo. Deus (o pai, o filho e o espírito santo), Era também o verbo (regular e irregular) E todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito E quem seria o predicado, Quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria A forma "mais que perfeita"! Deus era o verbo e o verbo era deus, Conjugavam-se de maneira irregular... explicitando suas diferenças, Reconhecendo os fragmentos e os complementos Buscavam a medida certa E assim... reconheceram-se uno... Eu deus, tu deus, ele deus, nós deus, vós deus... eles deus Somos dotados deste curioso poder, Mudamos nosso significado, nosso signo, Nosso comportamento e nossos conceitos (que por sua vez chegam ate nós depois de se modificarem Muitas e outras vezes!) Temos uma ferramenta e tanto nas mãos, e nos pés... Temos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmos E acomodarmos com a vida que levamos agora... O teatro mágico é o teatro do nosso interior... A história que contamos todos os dias E ainda não nos demos conta... As escolhas que fazemos em busca dos melhores atos, Dos melhores sabores, Das melhores melodias e dos melhores personagens Que nos compõem, As peças que encenamos e aquelas que nos encerram... ... nosso roteiro imaginário é a maneira improvisada De viver a vida... De sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar as idéias, O teatro nosso de cada dia... - Fernando Anitelli

+ O poeta pena quando cai o pano E o pano cai Acordes em oferta, cordel em promoção A Prosa presa em papel de bala Música rara em liquidação - Fernando Anitelli

+ Que o teu afeto me afetou é fato Agora faça me um favor Um favor... por favor - Fernando Anitelli

+ Afinidade acontece. Um mesmo signo, um mesmo par de sapatos caramelo, um mesmo livro de cabeceira. Afinidade acontece entre seres humanos. A mesma frase dita ao mesmo tempo, o diálogo mudo dos olhares e a certeza das semelhanças entre o que se canta e o que se escreve. Afinação acontece. Um mesmo acorde, um mesmo som, uma mesma harmonia. Afinação acontece entre instrumentos musicais. A mesma nota repetidas vezes, a busca pela perfeição sonora e a certeza das similaridades entre um tom acima e um tom abaixo. A incrível mágica acontece quando os instrumentos musicais descobrem afinidades humanas entre si no mesmo instante em que os seres humanos descobrem afinações musicais dentro deles mesmos. - Fernando Anitelli

+ Perto é estar perto sem estar. - Fernando Anitelli

+ E pra minha poesia é o ponto final É o ponto em que recomeço, Recanto e despeço da magia que balança o mundo Bailarina, soldado de chumbo - Fernando Anitelli

+ Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário Letras, lados, lestes O relógio de pulso pula de uma mão para outra E na verdade nada muda. Retrovisor é passado, é de vez em quando do meu lado Nunca é na frente É o segundo mais tarde, próximo, seguinte É o que passou e muitas vezes ninguém viu... Retrovisor nos mostra o que ficou O que partiu, o que agora só ficou no pensamento Retrovisor é mesmice em trânsito lento Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas Mostra as ruas que escolhi Calçadas e avenidas Deixa explícito que se for pra frente Coisas ficarão pra trás A gente só nunca sabe que coisas são essa... - Fernando Anitelli

+ Música Rara em Liquidação. - Fernando Anitelli

+ Me faça rir, me faça feliz - Fernando Anitelli

+ Certo é estar perto sem estar. - Fernando Anitelli

+ Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz. (Teatro Mágico) - Fernando Anitelli

+ A Fé Solúvel É, me esqueci da luz da cozinha acesa de fechar a geladeira De limpar os pés, Me esqueci Jesus! De anotar os recados Todas janelas abertas, onde eu guardei a fé... em nós Meu café em pó solúvel Minha fé deu nó Minha fé em pó solúvel É... meu computador Apagou minha memória Meus textos da madrugada Tudo o que eu já salvei E o tanto que eu vou salvar Das conversas sem pressa Das mais bonitas mentiras Hoje eu não vivo só... em paz Hoje eu vivo em paz sozinho Muitos passarão Outros tantos passarinho Muitos passarão Que o teu afeto me afetou é fato Agora faça me um favor Um favor... por favor A razão é como uma equação De matemática... tira a prática De sermos... um pouco mais de nós! Que o teu afeto me afetou é fato Agora faça me um favor Um favor... por favor - Fernando Anitelli

+ Um sorriso por ingresso, falta assunto, falta acesso, talento traduzido em cédula, e a célula tronco é Célula mãe solteira. - Fernando Anitelli

+ Talento provado em papel moeda Poesia metamorfoseada em cifrão. - Fernando Anitelli

+ Sou meio eu em mim e um pouco fora de mim. Sou livre, mas me prendo com facilidade a quem quero bem. Não prendo ninguém a mim. Não gosto que me prendam. Odeio regras. Quebro normas e refaço. Sou criativa, mas curto uma preguiça. Não me faço de rogada. Odeio meias palavras. Se não for construtivo, prefiro ficar calada... Mas de vez em sempre, falo demais. Canto no chuveiro e fora dele. Adoro musica, musica boa me encanta! Musica romântica me embala. Mas gosto de letras fortes, impactantes. Melodias graves, intensas, vivas, eufóricas. Já fui Roqueira, já fui Nerd, já fui Ripe ou achava que era. Hoje sou eu mesma... Mais nunca fui santa. E nem quero... Leio por prazer e sem prazer também. Falo Sozinha. Adoro minha companhia. Dou risada dos meus erros e me critico por eles depois, mas não muito. Tolero minhas imperfeições. Exijo muito de mim, mas não gosto quando outros o fazem. Curto passeios com gente animada, tanto quanto uma caminhada a dois, ou sozinha calada em meu pensamentos . Prefiro a Lua ao Sol. Prefiro o campo ao mar. Mas não dispenso a praia. Guardo pequenas recordações. Não sou boa com nomes e números. Me perco e me acho muitas vezes. Sou dona de mim quando me permito, mas, ás vezes, gosto de ser dependente. Desconfio do amor, suspeito sempre da melancolia, gosto de sentir saudade, mas gosto ainda mais de matar saudade. Sou fã de filmes melosos, com beijo na cena final, tipo água com açúcar... Já fiz besteiras, e como fiz. Já superei medos, e tenho ainda. Já errei e quebrei a cara. Tenho arrependimentos, mas nenhum me dói mais. Já me diverti muito, já sorri e chorei no mesmo instante... Já dormi sob a lua. Já acordei com uma tempestade. Já senti o amor chegando, já chorei quando ele foi embora. Já perdi a fé nele e ela já me encontrou... Acredito em Deus, não no destino. Acredito em escolhas e conseqüências, mas não em fatos dados. Acredito em construções e reconstruções. Acredito no inacabado, nas possibilidades futuras, nas idéias absurdas, em utopias e finais felizes. Gosto de casa limpa, mas não muito arrumada. Gosto de casa com vida, onde as coisas trocam de lugar muitas vezes, onde tudo se tem a mão, ou se perde na confusão... Gosto de pessoas, mas não todas. Gosto de gente que gosta de gente. Gente de cara limpa. De alma tranquila e fala corrida. Gosto de quem tem história pra contar e que gosta de ouvir história. Gosto de cabelos, mãos e olhos escuros. Odeio gente mesquinha. Não faço fofocas. Mais as vezes acontece... Não crio grandes expectativas a respeito de ninguém e de quase nada. Me decepciono, mas procuro não guardar mágoa. Guardo sorrisos e gestos. Lembro de cheiros da infância que adoro: de terra molhada, de mato fresco, de fruta madura , bolo e pão no forno. Não Gosto muito de casa cheia... Mais gosto de barulho de gente festeira. Já quis ser médica, jornalista, escrever um livro e ser atriz... Adoro um drama ... Já quis morar em vários lugares ... Já desisti de alguns sonhos. Inventei outros. Alguns estão guardados... esperando ... esperando Já fui loira, ruiva e morena... Não me acho feia, nem bela. Não sou perfeita. E nem quero... Gosto de homens, morenos, altos, mais inteligentes e mais divertidos que eu. Gosto da beleza. De obras belas, pessoas belas, imagens belas, palavras belas e principalmente, atitudes belas. Não sigo padrões de beleza. Brigo com a balança, mas o chocolate me acalma.Oh e como me acalma... Não estou alheia a moda, mas me visto com o que gosto e posso. Quero bem mais que tenho, mas não sofro por isso... Adoro aprender. De todas as maneiras. Já quis ser rica, mas não me rendo ao dinheiro. Trabalho, mas trabalho por dinheiro, se fosse por diversão seria Hobbies ... Quero mora no mato sentir o cheiro de terra molhada, andar descalço, comer fruta do pé, viver amar... Uma frase que amo: Metade de mim agora é assim, de um lado a poesia, o verbo, a saudade, do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim. E o fim é belo, incerto... depende de como você vê!!!!!!!!!!! ( TÃO EU ... - Fernando Anitelli

+ Reconsiderar o ar, o andar , nossa absolvição, a escuta e a fala Nos amores há, o dia, fio, corredor, a calçada, o passeio e a sala Se perder sem se podar e se importar comigo Aprender você sem te prender comigo - Fernando Anitelli

+ Não acomodar com o que incomoda - Fernando Anitelli

+ Fernando Anitelli - "Nunca fiz música sem motivo. Sei o que quero" Fernando Anitelli fala sobre os quatro anos de O Teatro Mágico, mensagem subliminar e grana Por: Fabiana Faria Quem é o Fernando Anitelli, afinal? Existe uma aura de mistério ao seu redor, não?! Bom, tenho 33 anos, sou formado em comunicação social e comecei a fazer teatro muito cedo. Já fiz o Vale Encantando, do Oswaldo Montenegro. Já fui caricaturista de um jornal diário de Osasco, já trabalhei na área de produção visual de um banco, usava crachá de bancário e tudo. Acabei aprendendo no banco a organizar, administrar um negócio. Como foi o início do Teatro Mágico? Foi você quem inventou esse conceito? Eu tinha um trio de música brasileira chamado Madalena 19 que acabou porque cada um tomou seu rumo. Eu acabei indo trabalhar ilegalmente como garçom nos Estados Unidos durante um ano. Lá eu comecei a ler o livro "O lobo da estepe", de um alemão. Tinha uma passagem que dizia que as pessoas têm muitos personagens dentro de si e, ao mesmo tempo, todo mundo está em extinção. Isso tinha tudo a ver com o que eu imaginava para um projeto musical e decidi nomear o CD como "O Teatro Mágico - entrada para raros". Você fez o CD com a grana que ganhou nos Estados Unidos? Eu usei a grana de lá, vendi metade de um apartamento, meu carro e tive ajuda do meu pai. Também juntei uma grana de uns shows que a gente fez. Então você já sabia o que queria a partir da concepção do projeto? Nunca fiz nada para atingir um público específico. Eu vomitei o Teatro Mágico em cima das pessoas e elas aceitaram. Tem famílias que deixam de ir ao zoológico para verem o Teatro Mágico. Isso é ótimo. Você imaginava que fosse fazer tanto sucesso? As coisas foram acontecendo aos poucos, mas eu sempre tive muita organização. Eu sabia que o projeto tinha força para crescer, amadurecer e se manter. É legal porque tudo aconteceu no boca a boca, pela internet e é muito bacana ver que tem um público ansioso pela gente. Mas vocês não fazem propaganda, a música de vocês não toca no rádio... Por que isso? Sobreviver da arte independente no Brasil é uma guerra. Tem que ter humildade e cabeça fria. No rádio, a gente não toca porque tem que pagar jabá (dinheiro em troca da execução das músicas). E, como a gente não é gravadora nem pretende ser, a gente não toca. A gente acaba tendo divulgação melhor em cidades pequenas e em jornais regionais. Os artistas acham que tocar no rádio e na televisão são as únicas formas de ganhar dinheiro e fazer seu trabalho. Mas isso não é verdade. Vocês já tiveram proposta de gravadora? A gente já teve convite de todas as gravadoras multinacionais para comprar o projeto, fazer CD, DVD... Eles oferecem uma Ferrari e você só tem uma bicicleta. Mas, como eu acredito no ET, faço minha bicicleta voar. E o Teatro já dá uma grana? Hoje ele se auto-sustenta. Se você tem um trabalho bem feito e responsável, o dinheiro vem naturalmente. Mas é uma luta constante para não faltar dinheiro e continuarmos levando o projeto. A Veja publicou que vocês ganham 40 mil reais por show. É verdade? Imagina! Tem show que a gente ganha 500 reais. Muito pouco. Alguns músicos ainda tocam em projetos paralelos para completar a renda. E o que acha da internet? A internet é uma ferramenta poderosa. Eu disponibilizo tudo de graça mesmo, esse processo de comunicação novo é sensacional. O nosso objetivo é tocar em Marte, se for possível e só a internet pra divulgar o nosso trabalho tão bem. Você lembra que existiam as fitas cassete e todo mundo gravava música pra todo mundo? Era a mesma coisa, mas em uma mídia diferente. O You Tube acabou com a MTV. Nós temos mais de 1700 vídeos publicados lá, mas só fizemos dois. É muito louco isso. As gravadoras querem pegar nosso dinheiro e a internet, não... Assistindo ao show de vocês, tive a impressão de que os fãs idolatram a trupe toda, especialmente você. As meninas gritam histericamente... Eu acho um absurdo isso. Meu cabelo está caindo e eu sou a cara do palhaço Bozo! Mas, então, de onde você acha que vêm essa paixão toda dos fãs? De alguma maneira, o projeto tocou cada pessoa que gosta da gente. Eles sabem que o nosso som não está sendo empurrado goela abaixo como é feito com a música do rádio. É um projeto de verdade, em que eles podem mostrar sua arte, discutir o assunto de verdade. Tem gente que faz tatuagem das letras, dos personagens... Eu não acho que isso seja tanta loucura. Se eu fosse um adolescente descobrindo Secos e Molhados, por exemplo, eu também faria o mesmo. Por que você citou Secos e Molhados? Você se compara a eles? É uma referência e uma comparação, sim. Sempre gostei do Ney Matogrosso, ele tem uma coisa meio menestrel. Meu pai diz que eu danço como ele. Algumas pessoas comentaram comigo que acham que as músicas de vocês têm mensagem subliminar (mensagens não captadas conscientemente pelos sentidos humanos) para meio que hipnotizar as pessoas. E aí, tem ou não tem? Olha, eu nunca fiz música aleatoriamente. A mensagem que a gente passa é a da arte livre, independente. Mas tem uma porção de mensagens em várias músicas. Se você escutar com fone de ouvido, vai ver que tem sons acontecendo do lado direito e esquerdo do fone. Se você escutar em disco e rodar ao contrário, vai escutar vozes do meu avô. Na música Separo, tem um riff de guitarra no final. Quando a gente estava gravando, na hora do riff, entrou a freqüência de um rádio e acabou gravando a voz de um cara falando "uma lembrança que você vai ter". Nós deixamos. Essas coisas não são coincidências, são providências. Tudo o que é subliminar, soma. - Fernando Anitelli

+ Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior ! - Fernando Anitelli

+ EC - E como aconteceu a montagem do show? FA - A nossa principal idéia era mostrar que não existe palco e platéia, com uma muralha que precisa ser quebrada. Um show é uma oportunidade de pessoas raras se encontrarem, e compartilharem das coisas que acham fazer sentido. E isso tinha de ser montado de alguma maneira. Nosso primeiro show durou três horas e meia. Tinha poesia, festa, ciranda no meio do palco... Uma bagunça organizada. Naturalmente, tinha a ordem das músicas, onde iriam entrar as poesias. Eu ensaiava com metade da trupe em um dia, com outra metade no dia seguinte e tínhamos um ensaio final antes do show. Era uma apresentação longa, mas tudo foi necessário, porque estávamos nos descobrindo e amadurecendo o espetáculo. Depois, ficamos na célula de cada coisa: o que deu certo, os melhores momentos... Com o passar das apresentações, assistindo a vídeos, percebemos onde tem momento de silêncio, onde pode melhorar. Ao longo do tempo, entraram mais informações sobre o Lobo da Estepe , textos meus, teatro, lira, malabares... Agora, queremos usar tecido, juntar realmente tudo isso numa coisa só. O TM se encaixa em qualquer lugar, seja palco, quintal, sala... Conseguimos ocupar o espaço da maneira mais adequada. EC - O figurino é um outro atrativo dos shows. Por que escolher a pintura de palhaço? FA - A escolha do figurino foi motivo de dúvidas para alguns no início. Para que usamos a coisa do palhaço? Porque ele é 100%, um ser muito disposto. Uma coisa que usamos como chavão pra todo mundo: os opostos se distraem, os dispostos se atraem. Até uma simples bicicleta pode ser um pretexto para um palhaço dar show: com apenas quatro pedaladas, ele faz o povo rir, cai, levanta, com disposição de fazer arte sem o compromisso de buscar fórmula que dê certo. Nós queríamos realizar as coisas, falar as poesias, brincar no palco, fazer um circo em que a gente possa brincar de pensar. A trupe virou um círculo de criação, criatividade, uma célula forte por si só... Para isso se realizar ao vivo, não basta tirar as músicas e se apresentar. A trupe acredita no que está fazendo e tem essa disposição permanente. - Fernando Anitelli

+ Todo mundo busca a paz interna tamo aqui pra ser lanterna... - Fernando Anitelli

+ Teu sorriso eu vou deixar na estante, pra eu ter um dia melhor. Tua água eu vou buscar na fonte, teu passo eu já sei de cor. Sei nosso primeiro abraço, sei nossa primeira dor. Sei tua manhã mais bonita, nossa casinha de cobertor. Sou teu gesto lindo. Sou teus pés, sou quem olha você dormindo. - Fernando Anitelli