Frases de Fernando Pessoa

+ Pouco importa de onde a brisa Traz o olor que nela vem. O coração não precisa De saber o que é o bem. A mim me basta nesta hora A melodia que embala. Que importa se, sedutora, As forças da alma cala? Quem sou, p'ra que o mundo perca Com o que penso a sonhar? Se a melodia me cerca Vivo só o me cercar... - Fernando Pessoa

+ Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência. - Fernando Pessoa

+ Porque sentir é como o céu, Vê-se mais não há nele que ver. - Fernando Pessoa

+ Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar... - Fernando Pessoa

+ Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe porque ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, E a única inocência é não pensar... - Fernando Pessoa

+ " Porque o único sentido oculto das coisas ,é elas não terem sentido oculto nenhum" - Fernando Pessoa

+ Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... - Fernando Pessoa

+ Porque eu desejo impossivelmente o possível, porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, ou até se não puder ser... - Fernando Pessoa

+ (...) Porque enfim Sempre haverá sol Ou sombra na cidade Mas em mim... Não sei o que há - Fernando Pessoa

+ Porque é que um sono agita Em vez de repousar O que em minha alma habita E a faz não descansar? Que externa sonolência, Que absurda confusão, Me oprime sem violência Me faz ver sem visão? Entre o que vivo e a vida, Entre quem estou e sou, Durmo numa descida, Descida em que não vou. E, num infiel regresso Ao que já era bruma, Sonolento me apresso Para coisa nenhuma. - Fernando Pessoa

+ Porque é que para ser feliz é preciso não saber? - Fernando Pessoa

+ Por que é que, pra ser feliz, É preciso não sabê-lo? - Fernando Pessoa

+ Por que é que me gela meu próprio pensar em sonhar amar? - Fernando Pessoa

+ Por isso na orla morena da praia calada e só, Tenho a alma feita pequena, livre de mágoa e de dó; Sonho sem quase já ser, perco sem nunca ter tido, E comecei a morrer muito antes de ter vivido. - Fernando Pessoa

+ poemas maravilhosos - Fernando Pessoa

+ POEMA EM LINHA RETA Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. - Fernando Pessoa

+ Põe tudo o que és na mais pequena coisa que faças - Fernando Pessoa

+ Põe-me as mãos nos ombros... Beija-me na fronte... Minha vida é escombros, A minha alma insonte. Eu não sei por quê, Meu desde onde venho, Sou o ser que vê, E vê tudo estranho. Põe a tua mão Sobre o meu cabelo... Tudo é ilusão. Sonhar é sabê-lo. - Fernando Pessoa

+ Podemos morrer se apenas amámos. - Fernando Pessoa

+ “Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é”. ( Alberto Caeiro [Heterônimo de Fernando Pessoa], In Poemas Inconjuntos - In Poesia, Assírio e Alvim, ed. Fernando Cabral Martins, Richard Zenith, 2001.) - Fernando Pessoa

+ Pode ser que nos guie uma ilusão; a consciência, porém, é que nos não guia. - Fernando Pessoa

+ Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difício, mas é muito importante. Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão. - Fernando Pessoa

+ Pode alguma coisa ser mais imunda, mais suja do que um porco? Se estivermos a falar de coisas externas, não. - Fernando Pessoa

+ “Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares. Parecem ter medo da polícia... Mas tão boas que florescem do mesmo modo”... (trecho extraído do livro em PDF: Poemas de Alberto Caeiro) - Fernando Pessoa

+ Penso em ti e dentro de mim estou completa. (...) Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz. - Fernando Pessoa