Frases de Guimarães Rosa

+ -Adianta querer saber muita coisa? O senhor sabia, lá para cima - me disseram. Mas, de repente chegou neste sertão, viu tudo diverso diferente, o que nunca tinha visto. Sabença aprendida não adiantou para nada... Serviu algum? - Guimarães Rosa

+ Qual o caminho da gente? Nem para frente nem para trás: só para cima. Ou parar curto quieto. Feito os bichos fazem. Viver... o senhor já sabe: viver é etcétera... - Guimarães Rosa

+ Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também - mas Diadorim é a minha neblina... - Guimarães Rosa

+ Amor é a gente querendo achar o que é da gente. - Guimarães Rosa

+ O sertão é dentro da gente. - Guimarães Rosa

+ Cada palavra é, segundo a sua essência, um poema. - Guimarães Rosa

+ Amor é sede depois de se ter bem bebido. - Guimarães Rosa

+ Significa que posso não ter muito conhecimento e/ou experiência, porém desconfio de como as coisas sucedem já que possuo imaginação. (Riobaldo - Grande Sertão: Veredas) - Guimarães Rosa

+ Quando o coração está mandando, todo tempo é tempo! (A hora e a vez de Augusto Matraga) - Guimarães Rosa

+ Há uma hora certa, no meio da noite, uma hora morta, em que a água dorme. Todas as águas dormem: no rio, na lagoa, no açude, no brejão, nos olhos d'água, nos grotões fundos E quem ficar acordado, na barranca, a noite inteira, há de ouvir a cachoeira parar a queda e o choro, que a água foi dormir... Águas claras, barrentas, sonolentas, todas vão cochilar. Dormem gotas, caudais, seivas das plantas, fios brancos, torrentes. O orvalho sonha nas placas da folhagem e adormece. Até a água fervida, nos copos de cabeceira dos agonizantes... Mas nem todas dormem, nessa hora de torpor líquido e inocente. Muitos hão de estar vigiando, e chorando, a noite toda, porque a água dos olhos nunca tem sono... - Guimarães Rosa

+ Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe - mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho? - Guimarães Rosa

+ Para quem não sai, em tempo, de cima da linha, até apito de trem é mau agouro. (A hora e a vez de Augusto Matraga) - Guimarães Rosa

+ Pãos ou Pães é questão de Opiniães. - Guimarães Rosa

+ O fato se dissolve. As lembranças são outras distâncias. Eram coisas que paravam já, à beira de um grande sono. A gente cresce sempre, sem saber para onde. - Guimarães Rosa

+ Sigo a risca, me descuido e vou. Quebro a cara, quebro o coração. Tropeço em mim. Me atolo nos sentidos. Viver não é perigoso? Então com sua licença, nasci assim. Encantado pela vida. - Guimarães Rosa

+ Por esses longes todos eu passei, com pessoa minha no meu lado, a gente se querendo bem. O senhor sabe? Já tenteou sofrido o ar que é saudade? Diz-se que tem saudade de ideia e saudade de coração… - Guimarães Rosa

+ tênue tecido alaranjado passando em fundo preto da noite à luz - Guimarães Rosa

+ Só, e no mais: sem ti, jamais nunca — Minas, Minas Gerais... - Guimarães Rosa

+ O que é o medo? Um produzido dentro da gente, um depositado; e que às vezes se mexe, sacoleja, e a gente pensa que é por causas: por isto ou por aquilo, coisas que só estão é fornecendo espelhos. A vida é para esse sarro de medo se destruir, jagunço sabe. Outros contam de outra maneira. (Grande sertão: veredas) - Guimarães Rosa

+ O corpo não traslada, mas muito sabe, adivinha se não entende. - Guimarães Rosa

+ na barra sul do horizonte estacionavam cúmulus esfiapando sorveret de coco - Guimarães Rosa

+ Mocidade é tarefa para mais tarde se desmentir. - Guimarães Rosa

+ Viver é etcétera! - Guimarães Rosa

+ Tem horas em que penso que a gente carecia, de repente, de acordar de alguma espécie de encanto. - Guimarães Rosa

+ Sorte nunca é de um só, é de dois, é de todos…Sorte nasce cada manhã, e já está velha ao meio-dia… (A hora e a vez de Augusto Matraga) - Guimarães Rosa