Frases de Gustave Le Bon

+ Uma nação sem ideal desaparece rapidamente da história. - Gustave Le Bon

+ Agir é aprender a conhecer a si mesmo. As opiniões formuladas são palavras vãs, desde que não sejam sancionaldas pelo ato. - Gustave Le Bon

+ Para mover, cumpre comover. - Gustave Le Bon

+ Os homens são quase sempre levados a crer, não pela prova, mas pelo agrado. - Gustave Le Bon

+ O livre pensamento não passa muitas vezes de uma crença, que nos dispensa da fadiga de pensar. - Gustave Le Bon

+ Totalmente indiferente ao destino, a natureza só se ocupa do destino da esécie. Perante ela todos os seres são iguais. A existência do mais pernicioso micróbio é cercada de tantos cuidados quanto a dos maior gênio. - Gustave Le Bon

+ Sendo lenta e penosa a elaboração de um julgamento, o homem se contenta, em geral, com as primeiras impressões, isto é, com as sugestões da simples intuição. (...) Abandonar-se a elas sem exame, como muitas vezes se procede, é atravessar a vida na persuasão de um erro. Elas só têm, efetivamente, por sustentáculo simpatias e antipatias instintivas que nenhuma razão ilumina. É, entretanto, sobre bases tão frágeis que, às mais das vezes, se edificam as nossas concepções do justo e do injusto, do bem e do mal, da verdade e do erro." - Gustave Le Bon

+ Os povos de todas as raças adoraram, sob nomes diversos, uma única divindade: a esperança. - Gustave Le Bon

+ O interesse possui, como a paixão, o poder de transformar em verdade aquilo em que lhe é útil acreditar. - Gustave Le Bon

+ O heroísmo pode salvar um povo em circunstâncias difíceis; mas é apenas a acumulação diária de pequenas virtudes que determina a sua grandeza. - Gustave Le Bon

+ ...nem sempre acreditamos na mentira alheia, mas facilmente damos crédito às nossas próprias. - Gustave Le Bon

+ A história não é mais do que a narração dos esforços empregados pelo homem para edificar um ideal e destrui-lo em seguida, quando, tendo-o atingido, descobre a sua fragilidade. - Gustave Le Bon

+ A força dos fanáticos reside precisamente na rigorosa obediência ao seu ideal perigoso. - Gustave Le Bon

+ Uma opinião qualquer universalmente aceita constituirá sempre, para a multidão, uma verdade. - Gustave Le Bon

+ Uma lógica afetiva demasiada leva a ceder sem reflexão a impulsos frequentemente funestos. Uma lógica mística excessiva suscita as exigências religiosas, dominadas pela preocupação egoísta da sua salvação, e sem utilidade social. Uma lógica coletiva exagerada promove a predominância dos elementos inferiores de um povo e o conduz à barbárie. Uma lógica racional em demasia provoca a dúvida e a inação. - Gustave Le Bon

+ Uma crença é um ato de fé que não exige provas e, aliás, não é, as mais das vezes, verificável por nenhuma. Se a fé se impusesse somente por argumentos racionais, poucas crenças se teriam podido formar no decurso dos séculos. (...) A sugestão e o contágio mental pelos quais se propagam as crenças são independentes da razão. - Gustave Le Bon

+ Tão irredutível quanto a necessidade de crer, a necessidade de explicações acompanha o homem desde o berço até ao túmulo. Ela contribuiu para criar os seus deuses e diariamente determina a gênese de numerosas opiniões. Essa necessidade intensa facilmente se satisfaz. As respostas mais rudimentares são suficientes. (...) Sempre ávido de certezas definitivas, o espírito humano guarda muito tempo as opiniões falsas fundadas na necessidade de explicações e considera como inimigos do seu repouso aqueles que as combatem. O principal inconveniente das opiniões baseadas em explicações errôneas é que, admitindo-as como definitivas, o homem não procura outras. Supor que se conhece a razão das coisas é um meio seguro de não a descobrir. A ignorância da nossa ignorância tem retardado de longos séculos os progressos das ciências e ainda, aliás, os restringe. A sede de explicações é tal que sempre foi achada alguma para os fenômenos menos compreensíveis. O espírito tem mais satisfação em admitir que Júpiter lança o raio do que em se confessar ignorante em relação às causas que o fazem rebentar. - Gustave Le Bon

+ Se um legislador quiser, por exemplo, lançar um novo imposto, deverá optar pelo que é teoricamente mais justo? De maneira nenhuma. O mais injusto pode ser, na prática, o melhor para as multidões se for o menos perceptível e, aparentemente, o menos pesado. É por isso que um imposto indireto, mesmo quando é exorbitante, é sempre facilmente aceite pela multidão. Como é pago, em pequenas frações, nos objetos de consumo diário, não chega a perturbar os hábitos nem causa impressão. Mas se o substituirmos por um imposto proporcional sobre os salários, ou outros rendimentos, para ser pago de uma só vez, levanta-se imediatamente um coro de protestos, ainda que o novo imposto seja dez vezes menos pesado do que o outro. - Gustave Le Bon

+ Se as crenças fossem acessíveis à influência da razão, teríamos visto desaparecer, há muito tempo, todas as que são absurdas. - Gustave Le Bon

+ Por que figuras como Lula, Maduro, Hugo Chavez e outros assemelhados vencem eleições facilmente em países como o Brasil e Venezuela? Resposta: "É com modelos e não com argumentos que se guiam as multidões. Em cada época, há um pequeno número de individualidades que ditam a ação, e são essas que as massas inconscientes imitam. Todavia, estas individualidades não se devem afastar muito das idéias aceitas porque, nesse caso, seria muito difícil imitá-las e a sua influência tomar-se-ia nula. É precisamente por este motivo que os homens muito superiores à sua época não têm geralmente sobre ela qualquer influência, pois é grande demais a distância que os separa dela. - Gustave Le Bon

+ Os socialistas acreditam que as massas serão facilmente manipuladas por eles, mas logo descobrirão que é no meio delas que se encontrarão não seus aliados; mas seus mais irredutíveis inimigos. As massas poderão sem dúvida, com suas cóleras de um dia, derrubar furiosamente o edifício social, mas no dia seguinte elas aclamarão o primeiro César que verem e que lhes prometer reconstruir o que elas acabaram de quebrar. O que predomina, na realidade, nas massas, entre os povos que possuem um longo passado, não é a mobilidade, mas a rigidez. Os instintos destrutivos poderão permitir ao socialismo triunfar por um instante, mas os instintos conservadores não lhe permitirão durar. - Gustave Le Bon

+ Os povos latinos, por motivos culturais, sempre tiveram a necessidade de alguém marcante que os dirigisse. É esta necessidade de direção que deixa os latinos tão tímidos diante das responsabilidades, sua inaptidão em conduzir bem toda empresa que não seja fortemente conduzida por chefes e sua tendência atual rumo ao socialismo. Quando os latinos têm a sua frente, grandes homens de Estado, grandes generais, grandes diplomatas, grandes pensadores, grandes artistas, eles se mostram capazes dos mais enérgicos esforços. Mas os mestres geniais não se encontram sempre e, na falta deles, os povos latinos perigam. Com um Napoleão eles dominaram a Europa. Comandados mais tarde por generais incapazes, eles foram vítimas dos mais incríveis desastres e não conseguiram resistir áqueles que tinham vencido outrora. Não é sempre sem razão que tais povos estão tão prontos a jogar sobre seus chefes a responsabilidade de suas derrotas. Eles valem o que valem seus senhores e eles têm consciência disso. Sob pena de logo perecer, os latinos devem aprender a se conduzir. Os campos de batalha, militares ou industriais, são hoje em dia muito vastos para que um pequeno número de pessoas, por mais notáveis que sejam, possam comandar os combatentes. Na fase do mundo em que entramos, a influência das grandes capacidades não desaparece, mas ela tende cada vez menos a ser a diretora. A autoridade está muito dispersa para não desaparecer. O ser humano moderno não pode mais contar com nenhuma tutela e menos ainda com a do socialismo, acima de todas as outras. Ele deve aprender a só contar com ele mesmo. É para essa necessidade fundamental que a educação deveria prepará-lo. - Gustave Le Bon

+ Os povos continuam a ser governados pelo seu caráter, e todas as instituições que não são intimamente moldadas nesse caráter não representam mais do que uma capa de empréstimo, um disfarce transitório. É certo que se fizeram, e se hão-de fazer, guerras sangrentas e revoluções violentas para impor instituições às quais se atribui o poder sobrenatural de criar a felicidade. E porque provocam tais movimentos, poder--se-ia dizer que agem sobre a alma das multidões. Mas, na realidade, sabemos que, triunfantes ou vencidas, as instituições não possuem em si mesmas qualquer virtude. Lutar pela sua conquista é lutar por ilusões. - Gustave Le Bon

+ O sufrágio das multidões é em toda a parte semelhante e traduz muitas vezes as aspirações e necessidades inconscientes da raça. A média dos eleitos representa para cada nação a alma média da sua raça e, de uma geração para outra, encontramo-la quase idêntica. Os governos representam um papel insignificante na vida dos povos. Estes são guiados principalmente pela alma da sua raça, isto é, pelos resíduos ancestrais de que essa alma é o somatório. A raça e a engrenagem das necessidades quotidianas são os senhores misteriosos que guiam os nossos destinos. Um sufrágio limitado (limitado às capacidades, se quisermos) poderia melhorar o voto das multidões? Não posso aceitar semelhante coisa nem por um instante, em virtude da já mencionada inferioridade mental de todas as coletividades, qualquer que seja a sua composição. Em multidão, repito, os homens igualam-se sempre, e no que respeita a assuntos de ordem geral o sufrágio de quarenta acadêmicos não é melhor que o de quarenta carregadores de água. Não creio que nenhum dos votos tão censurados ao sufrágio universal, como o restabelecimento do Império por exemplo, tivesse sido diferente se os votantes tivessem sido recrutados exclusivamente entre sábios e letrados. O fato de um indivíduo saber grego ou matemática, ser arquiteto, veterinário, médico ou advogado, não lhe confere dons especiais para as questões de sentimento. Todos os nossos economistas são pessoas instruídas, na sua maioria professores e acadêmicos. Haverá um único problema de ordem geral, por exemplo, o protecionismo, sobre o qual estejam de acordo? Perante os problemas sociais, tão cheios de incógnitas e dominados pela lógica mística ou afetiva, todas as ignorâncias se tornam iguais. Portanto, se só as pessoas carregadas de ciência constituíssem o corpo eleitoral, os seus votos não seriam melhores que os de hoje. Deixar-se-iam guiar sobretudo pelos sentimentos e pelo espírito partidário, e não deixaríamos de ter nenhuma das dificuldades atuais, mas teríamos certamente a agravante da pesada tirania das castas. - Gustave Le Bon

+ O ser humano moderno está ligado pelas suas vontades inconscientes ao passado, enquanto sua razão busca sem cessar se subtrair dele. Esperando a aparição de crenças fixas, ele só tem crenças que, pelo único fato de que não são herdadas, são transitórias e momentâneas. Elas nascem espontaneamente sob a influência dos acontecimentos de cada dia, como as ondas crescem com a tempestade. Elas são às vezes violentas, mas são também efêmeras. Circunstâncias quaisquer as fazem nascer, a imitação e o contágio as propagam. No estado de nervosismo em que se encontram hoje em dia certos povos, a mais pequena causa provoca sentimentos excessivos. São explosões de ódio, fúria, de indignação, de entusiasmo, que, a propósito do menor acontecimento, explodem como trovoadas. Países, acontecimentos, emoções e simpatias diversas nos faz enviar para longe somas que necessitamos para aliviar nossas próprias misérias. - Gustave Le Bon