Frases de Mario Quintana

+ Amor, quantos crimes se cometem em teu nome! - Mario Quintana

+ Amor Quando duas pessoas fazem amor Não estão apenas fazendo amor Estão dando corda ao relógio do mundo - Mario Quintana

+ Amizade: quando o silêncio a dois não se torna incômodo. Amor: quando o silêncio a dois se torna cômodo. - Mario Quintana

+ Amizade Quando o silêncio a dois não se torna incômodo. - Mario Quintana

+ AMIGOS tenho " amigos " que parece que têm medo de mim!... tenho a impressão que se estão a afastar cada vez mais de mim!... mas podem ficar descansados, não tenham medo, podem conviver eu não faço mal, não morde nem tenho nenhuma doença contagiosa!!! acreditem... mas tudo bem... comam, bebam, brinquem hà vontade, que quando precisarem , eu cá estou...Sempre!!... é que afinal eu sou vosso amigo, se é que ainda não repararam.. - Mario Quintana

+ Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira. - Mario Quintana

+ Amar, nunca me coube Mas sempre transbordou O rio de lembranças Que um dia me afogou E nesta correnteza Fiquei a navegar Embora, com certeza, Não possa me salvar Amar nunca me trouxe Completo esquecimento Mas antes me somou Ao antigo tormento E assim, cada vez mais, Me prendo neste nó E cada grito meu Parece ser maior - Mario Quintana

+ Amar é mudar a alma de casa. - Mario Quintana

+ Amanhecer O sol derrama, na calçada, a sua bela, matinal urinada - Mario Quintana

+ Alma errada Há coisas que a minha alma, já mortificada não admite: assistir novelas de TV ouvir música Pop um filme apenas de corridas de automóvel uma corrida de automóvel num filme um livro de páginas ligadas porque, sendo bom, a gente abre sofregamente a dedo: espátulas não há… e quem é que hoje faz questão de virgindades… E quando minha alma estraçalhada a todo instante pelos telefones fugir desesperada me deixará aqui, ouvindo o que todos ouvem, bebendo o que todos bebem, comendo o que todos comem. A estes, a falta de alma não incomoda. (Desconfio até que minha pobre alma fora destinada ao habitante de outro mundo). E ligarei o rádio a todo o volume, gritarei como um possesso nas partidas de futebol, seguirei, irresistivelmente, o desfilar das grandes paradas do Exército. E apenas sentirei, uma vez que outra, a vaga nostalgia de não sei que mundo perdido… - Mario Quintana

+ Alienação! Eu só pediria licença para lembrar que os alienados são precisamente os que têm uma ideia fixa. - Mario Quintana

+ Alguém me disse, com a voz embargada, que agora, sim, estava convencido da existência de Deus, porque os trabalhos psicografados de Humberto de Campos eram evidentemente dele mesmo. - Mas isso não prova a existência de Deus... Prova apenas a existência de Humberto de Campos. - Mario Quintana

+ Alegria Não essa alegria fácil dos cabritos monteses Nem a dos piões regirando Mas Uma alegria sem guizos e sem panderetas... Essa a que eu queria: A imortal, a serena alegria que fulge no olhar dos santos Ante a presença luminosa da morte! - Mario Quintana

+ Ah, sim, a velha poesia... Poesia, a minha velha amiga... eu entrego-lhe tudo a que os outros não dão importância nenhuma... a saber: o silêncio dos velhos corredores uma esquina uma lua (porque há muitas, muitas luas...) o primeiro olhar daquela primeira namorada que ainda ilumina, ó alma, como uma tênue luz de lamparina, a tua câmara de horrores. E os grilos? Não estão ouvindo lá fora, os grilos? Sim, os grilos... Os grilos são os poetas mortos. Entrego-lhes grilos aos milhões um lápis verde um retrato amarelecido um velho ovo de costura os teus pecados as reivindicações as explicações - menos o dar de ombros e os risos contidos mas todas as lágrimas que o orgulho estancou na fonte as explosões de cólera o ranger de dentes as alegrias agudas até o grito a dança dos ossos... Pois bem, às vezes de tudo quanto lhe entrego, a Poesia faz uma coisa que parece que nada tem a ver com os ingredientes mas que tem por isso mesmo um sabor total: eternamente esse gosto de nunca e de sempre. - Mario Quintana

+ Ah, sempre que se sonha alguma coisa tem-se a idade do tempo em que a sonhamos: Me esqueci do futuro... - Mario Quintana

+ Ah! quanta vez a vida nos revela que "a saudade da amada criatura" é bem melhor do que a presença dela. - Mario Quintana

+ Ah! Os relógios Amigos, não consultem os relógios quando um dia em for de vossas vidas em seus fúteis problemas tão perdidas que até parecem mais um necrológios... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira. Inteira, sim, porque essa vida eterna somente por si mesma é dividida: não cabe, a cada qual, uma porção. E os Anjos entreolham-se espantados quando alguém - ao voltar a si da vida - acaso lhes indaga que horas são... - Mario Quintana

+ Ah, nem queiras saber... A vida é preciosa como um pão roubado! - Mario Quintana

+ Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante! - Mario Quintana

+ Ah, esses livros que nos vêm às mãos, na Biblioteca Pública e que nos enchem os dedos de poeira. Não reclames, não. A poeira das bibliotecas é a verdadeira poeira dos séculos. - Mario Quintana

+ Ah! Essas Precauções... Para desespero de seus parentes, o velho rei Mitridates, como todo mundo sabe, conseguiu tornar-se imune a todos os venenos... até que um bom tijolaço na cabeça liquidou o assunto. - Mario Quintana

+ Acusarem um poeta de ser egoísta é acusá-lo de ser ele mesmo. - Mario Quintana

+ Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue, porque nem sempre existe palavra para dizer tudo. - Mario Quintana

+ A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. - Mario Quintana

+ A vida está cheia de interferências indébitas, de acasos estúpidos, de personagens errados que travam conosco desencontrados diálogos de surdos, a vida está atravancada de pormenores inúteis, a vida parece um romance malfeito! - Mario Quintana