Frases de Myrtes Mathias
+ Amor é síntese Por favor, não me analise Não fique procurando cada ponto fraco meu Se ninguém resiste a uma análise profunda, quanto mais eu! Ciumenta, exigente, insegura, carente toda cheia de marcas que a vida deixou: Veja em cada exigência um grito de carência, um pedido de amor! Amor, amor é síntese, uma integração de dados: não há que tirar nem pôr. Não me corte em fatias, (ninguém abraça um pedaço), me envolva todo em seus braços E eu serei perfeita, amor! - Myrtes Mathias
+ Não me corte em fatias. Ninguém consegue abraçar um pedaço... Me envolva todo em seus braços e eu serei o perfeito amor. - Myrtes Mathias
+ BILHETE A PAPAI NOEL – Pede a Papai Noel... E eu pedi. Pedi boneca, pedi livros, pedi viagens, pedi um príncipe... Aprendi a escrever para escrever-lhe, ingrato velhinho, mas você nunca se lembrou de mim: não ganhei a boneca, nem livros, nem viagens, nem príncipe. Nada... Só deixou no meu sapato essa tristeza triste de saber que você está muito velho para subir morro. Papai Noel, você devia ser criança pobre para ver como morrem as ilusões. Ver como se desmoronam os castelos até restar somente essa tristeza triste. Se você pudesse ver as almas... Mas é melhor assim. Ignorando-as, poderá continuar a mentir, a distribuir ilusões, a oferecer sonhos, a brincar de você mesmo. - Myrtes Mathias
+ Dizem que a dor e o amor fazem o poeta, mas eu acho que é só o amor quando ele chega é um sentimento lindo quando ele parte, a gente escreve: Dor... - Myrtes Mathias
+ A paciência e a impaciência, essas duas virtudes são necessárias para o equilíbrio no ambiente de trabalho. - Myrtes Mathias
+ Era uma vez, no meio da floresta, três árvores, que conversavam: - Quando eu crescer – dizia a primeira – quero ser transformada no berço de um príncipe, de um herdeiro real. A segunda arvorezinha, pequena aventureira, falou: - Eu quero ser um barco, grande e forte, desses que singram os mares do norte, levando tesouros e riquezas. - E tu – perguntaram à menor delas – nada vais ser? - Oh! estou feliz de ser o que sou! Quero ser sempre árvore, no alto da montanha, apontando para o meu Criador... O tempo passou. Vieram os homens, e levaram a primeira arvorezinha. Mas não fizeram dela nenhum berço trabalhado. Pelo contrário, mãos rudes a cortaram transformando-a numa manjedoura, onde os animais vinham comer. E, ao ver-se ali, no fundo da estrebaria, a pobre árvore gemia: - Ai de mim! tantos sonhos transformados num simples tabuleiro de capim! Mas, lá do Alto, uma voz chegou: - Espera e verás o que tenho preparado para ti. E foi assim que, numa bela noite de verão, na estrebaria, uma luz brilhou, quando alguém, se curvando sobre a manjedoura, nela colocou um neném envolto em faixas e paninhos. Oh! era tão jovem a mãe, tão lindo o pequenino, que, se lágrimas tivesse, teria chorado de emoção! Principalmente, quando ouviu os anjos e compreendeu: - Que lindo destino o meu! Em mim dorme mais que um príncipe, mais que um rei – o meu Deus! O tempo passou, passou... Da segunda árvore a vez chegou. Levaram-na para os lados do mar. Mas, oh! decepção! Nada de grande navio, nem mesmo um barco de recreio. Simplesmente, humilhantemente, um barco de pescar. - Ai de mim! Que foi feito dos grandes sonhos meus? Viagens, tesouros, alto-mar? - Espera e verás o que tenho para ti – a árvore pareceu ouvir, enquanto na praia alguém acenava, pedindo para ser transportado. Que olhar sublime! Que poder na voz, ao ordenar: - Pedro, lança outra vez a tua rede ao mar! A pesca maravilhosa aconteceu, e o barquinho estremeceu: Que maior tesouro poderia transportar que o Soberano do céu, o Senhor de toda a terra, o próprio Dono do mar? Mas, eis que chega a vez da última arvorezinha, aquela que desejara apenas ser árvore apontando para Deus. Havia um prenúncio de tragédia, já na face daqueles que a foram procurar. Eram homens taciturnos, revoltados, que a desbarataram apressadamente, como se o trabalho lhes causasse horror. Levaram-na para a cidade, cortaram-na em duas partes, que negros pregos uniram, dando a forma de uma cruz. - Deus do céu! Que aconteceu comigo? Eu, que desejei apenas ser um marco amigo, apontando o teu céu de luz? Por que me transformaram nesta cruz? Mas o consolo chegou também ali: - Espera e verás o que tenho preparado para ti. Vieram os soldados, levantaram a cruz, e a puseram sobre os ombros de um homem coroado. Só que a coroa que ele trazia, não era de ouro nem de pedrarias: era de espinhos! Uma horrível coroa, que fazia cair pelos caminhos o sangue daquele estranho condenado, que não blasfemava, não fugia, cuja face macerada refulgia, mesmo sob o sangue e o suor! Mas havia uma dor maior naquela face, mais profunda que a dos espinhos, da carne rasgada pelos açoites, do peso que fazia tropeçar. Dor maior, jamais contemplada, atravessou a cidade, subiu o monte Calvário, foi levantada na cruz. Dor antiga, antes do início do mundo, erro de todos os homens, miséria de toda a terra, ausência do próprio Deus. Uma dor só entendida quando o sublime condenado, erguendo os olhos ao céu e, como quem rasga a alma, num grande brado, indagou: - “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” E a resposta chegou, na terra, que escureceu, nos mortos, que ressurgiram, no véu do templo rasgado, na exclamação do soldado: “...este era o Filho de Deus!” Naquele instante de treva, do silêncio mais profundo, para a árvore fez-se luz. Ali estava seu sonho para sempre eternizado: para perdão dos pecados, a partir daquele instante, os homens se voltariam, como único recurso, sempre, sempre, para a cruz. E assim entrou para a história, com a sorte bela, inglória, que dupla missão encerra: aos homens aponta o céu, a Deus lembra a dor da terra... Assim eu, também, Senhor, gostaria de saber: Por que foi que vim aqui? Para dócil obedecer o que traçaste pra mim? Mas, seja qual for meu destino – berço, barco, triste cruz – dá-me a graça, Jesus, de em tudo compreender que o importante é teu Plano, a mim cumpre obedecer. Seja berço do Menino, todo hosana, graça e luz; barco para teus milagres, seja a vergonha da cruz, o que importa é teu reino, a tua glória, Jesus! - Myrtes Mathias
+ Escreve em Mim Senhor, aqui está minha vida, não como um documento já preparado à espera da Tua rubrica. Apenas uma folha de papel em branco a ser preenchida com a vontade Tua, com os planos Teus. Por favor, Senhor, pensa em minha insuficiência, considera minha dificuldade de compreender e escreve com tintas vivas, nítidas, de tal maneira que me seja impossível confundir ou duvidar. Quero sair agora, ainda hoje, se possível for, a mostrar ao mundo o que escreveste em mim, a provar aos homens que Tu és o Autor. Que a mais simples criança possa ler-te em mim e que o mais sábio dos homens possa reconhecer em cada gesto meu o traçado dos eternos dedos Teus. Diante desse mundo que se desintegra, desta sociedade que exige cada vez mais, quem sou eu para escrever primeiro e pedir depois a Tua aprovação? Estende a mão que gravou no Sinai a Santa Lei, que escreveu na areia uma mensagem até hoje desconhecida e, para o bem do mundo, para glória Tua, para paz de minha alma, escreve na folha em branco de papel que eu sou, a palavra que és Tu mesmo: AMOR! - Myrtes Mathias
+ A ESTRELA AZUL Era uma vez uma estrelinha muito prosa, toda orgulhosa, no céu instalada; até que um dia, talvez por castigo, um astro, fingindo-se amigo, roubou-lhe uma ponta dourada. Cheia de revolta, batendo as mãozinhas, ‘’pelo desaforo! (dizia a chorar) uma estrela que perde uma ponta não é mais estrela, não vou mais brilhar.’’ E a pobre estrelinha, assim mutilada, tornou-se problema na constelação; antipática, só pensando em si, como se o mundo desabasse ali ao peso de sua humilhação. ‘’Ninguém gosta de mim (gemia a pobre), só porque perdi minha ponta dourada.’’ E, enxugando uma lágrima comprida, a estrelinha, infeliz da vida, tornou-se resmungona e mal-educada. Oh! Era uma catástrofe no universo, uma tristeza na constelação! Tudo foi tentado, nenhum resultado, até chegar a estrela da Conformação. Esta velha estrela era mui sensata e à estrelinha ela aconselhou: – Ainda és estrela, pois tens quatro pontas, torna bem brilhantes as que Deus te deixou. E a estrelinha pôs-se a trabalhar ingentemente, em busca de luz; só pensando em ser útil e bela (que este é o destino de uma estrela). Ela esqueceu a sua própria cruz. E nem notou que sua cor mudara para um azul brilhante e sem igual: uma cor linda, cheia de esperança, alegre como um riso de criança, bela como uma estrela de Natal. E a estrelinha que fora problema, drama, tragédia na constelação, passou a ser motivo de alegria, uma bênção de Deus em cada coração. - Myrtes Mathias
+ AMOR, AMOR... “porque Deus amou de tal maneira...” Eu queria cantar aquele Amor sublime, como nem no céu existem dois iguais: amor Primeiro, sem reciprocidade, sem princípio, sem fim – Eternidade. Amor, Próprio Amor – amor demais. Amor que venceu o tempo e o espaço para chegar até meu coração. Amor escrevendo um poema de glória, traço de luz atravessando a História: Deus se humanizando – minha salvação. Amor que usou milhares de caminhos, homens, mulheres, povos e impérios, até tornar-se Única Esperança, prisioneiro num corpo de criança: maior quando desce – Mistério dos mistérios. Amor que transcende, supremo, absoluto, que a Si mesmo chama “de maneira tal” além de toda compreensão humana, que nos eleva, a Deus nos irmana na noite linda a santa de Natal. Como cantar este maior milagre, se a terra silencia para ouvir o céu? Diante do Grande feito Pequenino a própria alma se transforma em hino: – Tudo é amor, sublime amor, Jesus nasceu! - Myrtes Mathias
+ ALGUÉM COMO DANIEL Seria ingênuo e ridículo se não fosse tão sincero o anseio. Mas a quem buscar, com esse coração sensível, esse corpo frágil e essa alma que sonha senão a Ti que me conheces, pois que me fizeste? Quero amar alguém Senhor, mas alguém que ajude a chegar cada vez mais perto de Ti. Reconheci que a felicidade é relativa e proporcional à proximidade tua. De que aproveita ser admirada, querida por alguém que não te conhece, que não te reconhece como Senhor e amigo verdadeiro? Quero ser para aquele que te peço uma das demais coisas que lhe acrescentas porque antes te buscou primeiro. Quero um amor tão forte e duradouro como uma prova que de Ti desceu; capaz de compensar minha fragilidade, que, tendo por meta a eternidade, já na terra seja um pedaço do céu. Não te peço um Davi de Miguel Ângelo, nem um César com o poder nas mãos. Te peço um homem verdadeiro, que eu possa chamar de companheiro, que antes de esposo seja meu irmão. Quero alguém que eu admire tanto, e que saiba tanto se fazer amar, que eu não me importe de diminuir, para fazer grande o comum porvir, do qual eu me orgulhe de participar. Quero um homem de joelhos diante de ti, mas de pé diante do mundo cruel. Que nada tema senão te ofender, que nada busque senão teu querer. No mundo de hoje um outro Daniel. - Myrtes Mathias
+ DEIXA CRISTO NASCER Desce a noite lenta sobre a terra, Bela e triste, quase irreal! Bela demais em seu sublime encanto, triste demais para nascer um santo: Nasce Deus no primeiro Natal. À ordem de César, Belém regurgita, anima a cidade o decreto real: cheia demais está a hospedaria, à virgem cansada resta a estrebaria: Nela nasce Deus no primeiro Natal. Pastores que velam na escura montanha, ouvindo a nova do coro angelical, deixam o rebanho, em busca da luz, primeiros crentes, vão ver a Jesus: Adoram a Deus no primeiro Natal. Sábios, a espera do doce milagre, reconhecendo a estrela divinal, deixam o Oriente, trazendo um tesouro, simbólica oferta: mirra, incenso, ouro: presentes para Deus no primeiro Natal. Homem, não maldigas tua sorte incerta, Não tornes vã a noite sem igual. Que importa Jesus tenha nascido? Que importa Ele tenha sofrido? Se ele não nascer em ti neste Natal? Deixa o orgulho, a indiferença, o ódio, sê humilde e crente, abandona o mal. Não faças do teu coração hospedaria, onde lugar para Cristo não havia: dá lugar a Deus neste Natal. Aceita a história simples da estrebaria, a estrela linda, o coro angelical. Entrega teu coração em mística oferta. Em tua alma haverá paz, no céu haverá festa, se Cristo nascer em ti neste Natal! - Myrtes Mathias
+ Amor é síntese é uma integração de dados Não há que tirar nem pôr Não me corte em fatias Ninguém consegue abraçar um pedaço Me envolva todo em seus braços e eu serei o perfeito amor. - Myrtes Mathias
+ Em MEU IRMÃO MAIS VELHO, ela diz: “Tiraram-lhes a liberdade de culto, o direito de abrir as portas do templo, para cantar louvores ao Criador, para buscarem junto o consolo da prece em comum, da meditação nas santas promessas, remédio para um coração em pedaços, da Pátria escravizada. Não mais a alegria de contar, à futura geração, a história daquele outro menino, que nasceu numa manjedoura, conversou com doutores, e brincou nas ruas de Nazaré. Que bom lembrar-te Jesus, como meu irmão mais velho. Distribuindo entre nós tão menores a herança tua por direito. (...) Meu irmão, eternamente jovem, infinitamente forte, todo Amor: Obrigado, pela parte na herança, pelo lugar na família, e pelo doce nome de CRISTÃO. - Myrtes Mathias
+ Houve um tempo em que o lugar de primeiro violino me seduzia. Qualquer preço por um lugar de destaque em meu pequeno mundo... Louvado sejas, Senhor, pelos dias que se fizeram meses, pelos meses que se fizeram anos, trazendo-me um pouco da sabedoria Tua que faz ver o mundo do Teu ponto-de-vista, como um todo onde não importa o lugar na orquestra, mas o fazer parte dela, de tal maneira que tua música encha a terra e o coração dos homens... Porque nas horas de provação, de testes supremos, de escolhas definitivas, só uma coisa é absolutamente indispensável, insubstituível: a certeza de estar nas mãos de Deus: nas Tuas mãos, Senhor! Pode-se compará-la à pérola de grande preço, que bem vale vender tudo quanto se ajuntou para possuir... Com tão preciosa provisão no coração, levem-me os caminhos da vida aonde lhes aprouver, apontem-me e aprontem-me o que lhes parecer necessário, e eu estarei tranquila, aqui no meu 7°, 12° lugar... Podem até apontar-me como alguém que o regente desclassificou. Mas que importa o que fazem as mãos dos homens quando dentro do coração reina a certeza bendita de estar nas mãos de Deus, em tuas mãos, Senhor? - Myrtes Mathias