Frases de Neil Gaiman

+ As vezes podemos escolher o caminho que seguimos. As vezes nossas escolhas sao feitas por nos. E as vezes nos nao temos escolha nenhuma ... - Neil Gaiman

+ Contos de fadas são mais que verdade; não porque nos dizem que dragões existem, mas porque eles nos dizem que dragões podem ser derrotados. - Neil Gaiman

+ Vou dizer uma coisa importante para você. Os adultos também não se parecem com adultos por dentro. Por fora, são grandes e desatenciosos e sempre sabem o que estão fazendo. Por dentro, eles se parecem com o que sempre foram. Com o que eram quando tinham a sua idade. A verdade é que não existem adultos. Nenhum, no mundo inteirinho. - Neil Gaiman

+ Um filósofo certa vez perguntou: "Somos humanos porque contemplamos as estrelas ou as contemplamos por que somos humanos?". O verdadeiro ponto é: As estrelas também nos contemplam? - Neil Gaiman

+ As pessoas pensam que sonhos não são reais apenas porque não são feitos de matéria, de partículas. Sonhos são reais. Mas eles são feitos de pontos de vista, de imagens, de memórias e trocadilhos, e de esperanças perdidas. - Neil Gaiman

+ Enfrente a sua vida, sua dor, seu prazer, não deixe nenhum caminho por trilhar. - Neil Gaiman

+ Não tenho saudade da infância, mas sinto falta da forma como eu encontrava prazer em coisas pequenas, mesmo quando coisas maiores desmoronavam. Eu não podia controlar o mundo no qual vivia, não podia fugir de coisas nem de pessoas nem de momentos que me faziam mal, mas tinha prazer nas coisas que me deixavam feliz. - Neil Gaiman

+ Às vezes você acorda. Às vezes, a queda mata. E às vezes, quando você cai, você voa. - Neil Gaiman

+ Os gatos não têm nomes - respondeu. Não? - perguntou Coraline. Não - respondeu o gato. - Já vocês, pessoas, têm nomes. É por isso que não sabem quem são. Nós sabemos quem somos e por isso não precisamos de nomes. - Neil Gaiman

+ Alguma vez você já se apaixonou? Horrível, não é? Você fica tão vulnerável. Ele abre seu peito e abre o seu coração e isso significa que alguém pode entrar em você e bagunçar tudo. Você ergue todas essas defesas , você construir um terno inteiro de armadura, de modo que nada pode te machucar, então uma pessoa estúpida, nada diferente de qualquer outra pessoa estúpida, entra em sua vida estúpida ... você dá a eles um pedaço de você. Eles não perguntam por isso. Eles farão alguma coisa idiota um dia, como te beijar ou sorrir para você, e então sua vida não lhe pertence mais. amor faz reféns. ele fica dentro de você. ele come você e te deixa chorando na escuridão , tão simples frase como 'talvez devêssemos ser apenas amigos' se transforma em uma lasca de vidro trabalhando sua maneira em seu coração. dói. Não apenas na imaginação. Não apenas na mente. É uma alma ferida, e fica dentro você e rasga você para além da dor. Eu odeio o amor. - Neil Gaiman

+ A vida é uma doença: sexualmente transmissível e invariavelmente fatal. - Neil Gaiman

+ “Ergamos um brinde aos amigos ausentes, amores perdidos, velhos deuses e à Estação das Brumas, e que cada um de nós sempre conceda ao diabo o que lhe é merecido”. - Neil Gaiman

+ - O tempo é fluido por aqui – disse o demônio. Ele soube que era um demônio no momento em que o viu. Assim como soube que ali era o inferno. Não havia nada mais que um ou outro pudessem ser. A sala era comprida, e do outro lado o demônio o esperava ao lado de um braseiro fumegante. Uma grande variedade de objetos pendia das paredes cinzentas, cor de pedra, do tipo que não parecia sensato ou reconfortante inspecionar muito de perto. O pé-direito era baixo, e o chão, estranhamente diáfano. – Chegue mais perto – ordenou o demônio, e ele se aproximou. O demônio era magro como uma vara e estava nu. Ele tinha muitas cicatrizes, parecia ter sido esfolado em algum momento num passado distante. Não tinha orelhas nem genitais. Os seus lábios eram finos e ascéticos, e os olhos eram olhos de demônio: tinham visto demais e ido muito longe, e frente ao seu olhar ele se sentiu menor que uma mosca. – O que acontece agora? – ele perguntou. – Agora – disse o demônio com uma voz que não demonstrava sofrimento nem deleite, somente uma horripilante e neutra resignação – você será torturado. – Por quanto tempo? O demônio balançou a cabeça e não respondeu. Ele percorreu lentamente a parede, examinando um a um os instrumentos ali pendurados. Na outra extremidade, perto da porta fechada, havia um açoite feito de arame farpado. O demônio o apanhou com uma de suas mãos de três dedos e o carregou com reverência até o outro lado da sala. Pôs as pontas de arame sobre o braseiro e observou enquanto se aqueciam. – Isso é desumano. – Sim. As pontas do açoite ganharam um baço brilho alaranjado. – No futuro, você vai sentir saudade desse momento. – Você é um mentiroso. – Não – respondeu o demônio. – A próxima parte é ainda pior – explicou pouco antes de descer o açoite. As pontas do açoite atingiram nas costas do homem com um estalo e um chiado, rasgando as roupas caras. Elas queimavam, cortavam e estraçalhavam tudo o que tocavam. Não pela última vez naquele lugar, ele gritou. Havia duzentos e onze instrumentos nas paredes da sala, e com o tempo, ele iria experimentar cada um deles. Por fim, a Filha do Lazareno, que ele acabou conhecendo intimamente, foi limpa e recolocada na parede na ducentésima décima primeira posição. Nesse momento, por entre os lábios rachados, ele soluçou: – E agora? – Agora começa a dor de verdade – informou o demônio. E começou mesmo. Cada coisa que ele fizera, que teria sido melhor não ter feito. Cada mentira que ele contara – a si mesmo ou aos outros. Cada pequena mágoa, e todas as grandes mágoas. Cada uma dessas coisas foi arrancada dele, detalhe por detalhe, centímetro por centímetro. O demônio descascava a crosta do esquecimento, tirava tudo até sobrar somente a verdade, e isso doía mais que qualquer outra coisa. – Conte o que você pensou quando a viu indo embora – exigiu o demônio. – Pensei que meu coração ia se partir. – Não, não pensou – contestou o demônio, sem ódio. Dirigiu seu olhar sem expressão para o homem, que se viu forçado a desviar os olhos. – Pensei: agora ela nunca vai ficar sabendo que eu dormia com a irmã dela. O demônio desconstruiu a vida do homem, momento por momento, um instante medonho após o outro. Isso levou cem anos ou talvez mil – eles tinham todo o tempo do universo naquela sala cinzenta. Lá pelo final, ele percebeu que o demônio tinha razão. Aquilo era pior que a tortura física. Mas acabou. Só que, quando acabou, começou de novo. E com uma consciência de si mesmo que ele não tinha da primeira vez, o que de certa forma tornava tudo ainda pior. Agora, enquanto falava, se odiava. Não havia mentiras nem evasivas, nem espaço para nada que não fosse dor e ressentimento. Ele falava. Não chorava mais. E, quando terminou, mil anos depois, rezou para que o demônio fosse até a parede e pegasse a faca de escalpelar, ou o sufocador, ou a morsa. – De novo – ordenou o demônio. Ele começou a gritar. Gritou durante muito tempo. – De novo – ordenou o demônio quando ele se calou, como se nada houvesse sido dito até então. Era como descascar uma cebola. Dessa vez, ao repassar sua vida, ele aprendeu sobre as consequências. Percebeu os resultados das coisas que fizera; notou que estava cego quando tomou certas atitudes; tomou conhecimento das maneiras como infligira mágoas ao mundo; dos danos que causara a pessoas que mais conhecera, encontrara ou vira. Foi a lição mais difícil até aquele momento. – De novo – ordenou o demônio, mil anos depois. Ele agachou no chão, ao lado do braseiro, balançando o corpo de leve, com os olhos fechados, e contou a história de sua vida, revivendo-a enquanto contava, do nascimento até a morte, sem mudar nada, sem omitir nada, enfrentando tudo. Abriu seu coração. Quando acabou, ficou sentado ali, de olhos fechados, esperando que a voz dissesse: “de novo”. Porém, nada foi dito. Ele abriu os olhos. Lentamente, ficou de pé. Estava sozinho. Na outra ponta da sala havia uma porta, que, enquanto ele olhava, se abriu. Um homem entrou. Havia terror em seu rosto, e também arrogância e orgulho. O homem, que usava roupas caras, deu alguns passos hesitantes pela sala e parou. Ao ver o homem, ele entendeu. - O tempo é fluido por aqui – disse ao recém-chegado. - Neil Gaiman

+ “O preço que se paga para conseguir o que se quer, é conseguir o que um dia se quis ter.” - Neil Gaiman

+ Então, lutando para continuar dormindo, desejando que o sonho durasse para sempre, certo de que uma vez que acabasse, jamais voltaria... você desperta. - Neil Gaiman

+ Todo mundo tem um mundo secreto dentro deles. Quero dizer todos. Todas as pessoas em todo o mundo, eu quero dizer todos - não importa o quão maçante e chato eles se sinto no exterior. Dentro, eles todos tem inimagináveis, magníficos maravilhosos e estúpido mundos incríveis ... Não apenas um mundo. Centenas deles. Milhares, talvez. (The Sandman) - Neil Gaiman

+ Extrai-se idéias de devaneios. Extrai-se idéias do tédio. Extrai-se idéias o tempo todo. A única diferença entre os escritores e as outras pessoas é que a gente percebe quando está fazendo isso. - Neil Gaiman

+ Algumas coisas são grandes demais para serem vistas. Algumas emoções enormes demais para serem sentidas. - Neil Gaiman

+ "Acho que prefiro me lembrar de uma vida desperdiçada com coisas frágeis, d o que uma vida gasta evitando a dívida moral. E me perguntei a que me referia com coisas frágeis. Parecia um belo título para um livro de contos. Afinal,existem tantas coisas frágeis. Pessoas se despedaçam tão facilmente, sonhos e corações também" - Neil Gaiman

+ Os livros são grandes presentes porque eles têm mundos inteiros dentro deles. E é muito mais barato comprar um livro para alguém do que comprar o mundo inteiro. - Neil Gaiman

+ Andei fazendo uma lista de tudo que não ensinam na escola. Não ensinam a amar. Não ensinam a ser famoso. Não ensinam a ser rico ou pobre. Não ensinam a se afastar de alguém que você não ama mais. Não ensinam a saber o que se passa na cabeça dos outros. Não ensinam o que dizer a alguém moribundo. Não ensinam nada que valha a pena saber. - Neil Gaiman

+ Você já amou? É horrível, não? Você fica tão vulnerável. O amor abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que qualquer um pode entrar em você e bagunçar tudo. - Neil Gaiman

+ Vivia nos livros mais que em qualquer outro lugar. - Neil Gaiman

+ - Você realmente não entende, não é? Eu não quero tudo o que eu quiser. Ninguém quer. Não realmente. Que graça teria ter tudo o que se deseja? Em um piscar de olhos e sem o menor sentido. E daí? (Coraline) - Neil Gaiman

+ Eu gosto de estrelas. Creio que é a ilusão de permanência. Sei que vivem explodindo, esmorecendo e se apagando. Mas daqui posso fazer de conta… Posso fazer de conta que as coisas duram. Que vidas são além de momentos. Deuses vêm e vão. Mortais lampejam, brilham e desvanecem. Mundos não duram; estrelas e galáxias são transitórias, coisas passageiras que cintilam como vagalumes e se desfazem em frio e pó. Mas posso fazer de conta. - Neil Gaiman