Frases de Pablo Neruda
+ A verdade é que não há verdade. - Pablo Neruda
+ Filhos ... '' Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria. Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo. '' - Pablo Neruda
+ A poesia tem comunicação secreta com os sofrimentos do homem. - Pablo Neruda
+ A timidez é uma condição alheia ao coração, uma categoria, uma dimensão que desemboca na solidão. - Pablo Neruda
+ Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra à guerra. - Pablo Neruda
+ Amar é breve, esquecer é demorado. - Pablo Neruda
+ Talvez Talvez não ser, é ser sem que tu sejas, sem que vás cortando o meio dia com uma flor azul, sem que caminhes mais tarde pela névoa e pelos tijolos, sem essa luz que levas na mão que, talvez, outros não verão dourada, que talvez ninguém soube que crescia como a origem vermelha da rosa, sem que sejas, enfim, sem que viesses brusca, incitante conhecer a minha vida, rajada de roseira, trigo do vento, E desde então, sou porque tu és E desde então és sou e somos... E por amor Serei... Serás...Seremos... - Pablo Neruda
+ Amo-te como a planta que não floriu e tem dentro de si, escondida, a luz das flores, e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo o denso aroma que subiu da terra. Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te diretamente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira, a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és, tão perto que a tua mão no meu peito é minha, tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono. - Pablo Neruda
+ POR QUE TE AMO Te amo te amo de uma maneira inexplicável de uma forma inconfessável de um modo contraditório Te amo Te amo, com meus estados de ânimo que são muitos e mudar de humor continuadamente pelo que você já sabe o tempo a vida a morte Te amo Te amo, com o mundo que não entendo com as pessoas que não compreendem com a ambivalência de minha alma com a incoerência dos meus atos com a fatalidade do destino com a conspiração do desejo com a ambiguidade dos fatos ainda quando digo que não te amo, te amo até quando te engano, não te engano no fundo levo a cabo um plano para amar-te melhor. Te amo Te amo, sem refletir, inconscientemente irresponsavelmente, espontaneamente involuntariamente, por instinto por impulso, irracionalmente de fato não tenho argumentos lógicos nem sequer improvisados para fundamentar este amor que sinto por ti que surgiu misteriosamente do nada que não resolveu magicamente nada e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada, melhorou o pior de mim Te amo Te amo com um corpo que não pensa com um coração que não raciocina com uma cabeça que não coordena Te amo Te amo incompreensivelmente sem perguntar-me porque te amo sem importar-me porque te amo sem questionar-me porque te amo Te amo simplesmente porque te amo eu mesmo não sei por que te amo - Pablo Neruda
+ AMOR, quantos caminhos até chegar a um beijo, que solidão errante até tua companhia! - Pablo Neruda
+ Te amo, beijo em tua boca a alegria. - Pablo Neruda
+ Plena mulher, maçã carnal, lua quente, espesso aroma de algas, lodo e luz pisados, que obscura claridade se abre entre tuas colunas? que antiga noite o homem toca com seus sentidos? Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas, com ar opresso e bruscas tempestades de farinha: amar é um combate de relâmpagos e dois corpos por um só mel derrotados. Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito, tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos, e o fogo genital transformado em delícia corre pelos tênues caminhos do sangue até precipitar-se como um cravo noturno, até ser e não ser senão na sombra de um raio. - Pablo Neruda
+ Gosto quando te calas Gosto quando te calas porque estás como ausente, e me ouves de longe, minha voz não te toca. Parece que os olhos tivessem de ti voado e parece que um beijo te fechara a boca. Como todas as coisas estão cheias da minha alma emerge das coisas, cheia da minha alma. Borboleta de sonho, pareces com minha alma, e te pareces com a palavra melancolia. Gosto de ti quando calas e estás como distante. E estás como que te queixando, borboleta em arrulho. E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança: Deixa-me que me cale com o silêncio teu. Deixa-me que te fale também com o teu silêncio claro como uma lâmpada, simples como um anel. És como a noite, calada e constelada. Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo. Gosto de ti quando calas porque estás como ausente. Distante e dolorosa como se tivesses morrido. Uma palavra então, um sorriso bastam. E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade. - Pablo Neruda
+ Ao Crepúsculo Não... Depois de te amar eu não posso amar mais ninguém. De que me importa se as ruas estão cheias de homens esbanjando beleza e promessas ao alcance das mãos; Se tu já não me queres, é funda e sem remédio a minha solidão. Era tão fácil ser feliz quando estavas comigo. Quantas vezes vezes sem motivo nenhum, ouvi teu riso, rindo feliz, como um guizo em tua boca. E a todo momento, mesmo sem te beijar, eu estava te beijando... Com as mãos, com os olhos, com o pensamento, numa ansiedade louca. Nosso olhos, ah meu deus, os nossos olhos... Eram os meus nos teus e os teus nos meus como olhos que dizem adeus. Não era adeus no entanto, o que estava vivendo nos meus olhos e nos teus, Era êxtase, ternura, infinito langor. Era uma estranha, uma esquisita misturade ternura com ternura, em um mesmo olhar de amor. Ainda ontem, cada instante uma nova espera, Deslumbramento, alegria exuberante e sem limite. E de repente... de repente eu me sinto como um velho muro. Cheio de eras, embora a luz do sol num delírio palpite. Não, depois de te amar assim, Como um deus, como um louco, nada me bastará e se tudo tão pouco, Eu deveria morrer. - Pablo Neruda
+ Someday, somewhere - anywhere, unfailingly, you'll find yourself, and that, and only that, can be the happiest or bitterest hour of your life. - Pablo Neruda
+ É tão difícil as pessoas razoáveis se tornarem poetas, quanto os poetas se tornarem razoáveis. - Pablo Neruda
+ Quero que saibas uma coisa. Tu sabes como é: se olho a lua de cristal, os galhos vermelhos do outono em minha janela, se toco junto ao fogo as impalpáveis cinzas no corpo retorcido da lenha, tudo me leva a ti, como se tudo o que existe: aromas, luz, metais, fossem pequenos barcos que navegam em direção às ilhas tuas que esperam por mim. Agora, bem, se pouco a pouco tu deixares de me querer pararei de te querer pouco a pouco. Se de repente me esqueceres não me procure, pois já terei te esquecido. Se consideras violento e louco o vento das bandeiras que passa por minha vida e decidires me deixar às margens do coração no qual tenho raízes, lembra-te que nesta dia, a esta hora levantarei os braços e minhas raízes partirão em busca de outra terra. Mas se em cada dia, cada hora, sentires que a mim estás destinado com implacável doçura, se em cada dia levantares uma flor em teus lábios para me buscares, oh meu amor, oh minha vida, em mim todo esse fogo se reacenderá, em mim nada se apaga ou se esquece, meu amor se nutre do seu, amado, e enquanto viveres estará em teus braços sem deixar os meus. - Pablo Neruda
+ Dá-me amor, me sorri e me ajuda a ser bom. Não te firas em mim, seria inútil; Não me firas a mim porque te feres. - Pablo Neruda
+ PEÇO SILÊNCIO Agora me deixem tranquilo. Agora se acostumem sem mim. Eu vou cerrar os meus olhos. Somente quero cinco coisas, cinco raízes preferidas. Uma é o amor sem fim. A segunda é ver o outono. Não posso ser sem que as folhas voem e voltem à terra. A terceira é o grave inverno, a chuva que amei, a carícia do fogo no frio silvestre. Em quarto lugar o verão redondo como uma melancia. A quinta coisa são os teus olhos, Matilde minha, bem-amada, não quero dormir sem os teus olhos, não quero ser sem que me olhes: eu mudo a primavera para que me sigas olhando. Amigos, isso é quanto quero. É quase nada e quase tudo. Agora se querem, podem ir. Vivi tanto que um dia terão de por força me esquecer, apagando-me do quadro-negro: meu coração foi interminável. Porém porque peço silêncio não creiam que vou morrer: passa comigo o contrário: sucede que vou viver. Sucede que sou e que sigo. Não será, pois lá bem dentro de mim crescerão cereais, primeiro os grãos que rompem a terra para ver a luz, porém a mãe terra é escura: e dentro de mim sou escuro: sou como um poço em cujas águas a noite deixa suas estrelas e segue sozinha pelo campo. Sucede que tanto vivi que quero viver outro tanto. Nunca me senti tão sonoro, nunca tive tantos beijos. Agora, como sempre, é cedo. Voa a luz com suas abelhas. Me deixem só com o dia. Peço licença para nascer. - Pablo Neruda
+ Para meu coração basta teu peito para tua liberdade bastam minhas asas. Desde minha boca chegará até o céu o que estava dormindo sobre tua alma. E em ti a ilusão de cada dia. Chegas como o sereno às corolas. Escavas o horizonte com tua ausência Eternamente em fuga como a onda. Eu disse que cantavas no vento como os pinheiros e como os hastes. Como eles és alta e taciturna. e entristeces prontamente, como uma viagem. Acolhedora como um velho caminho. Te povoa ecos e vozes nostálgicas. eu despertei e as vezes emigram e fogem pássaros que dormiam em tua alma. - Pablo Neruda
+ Tenho fome da sua boca, da sua voz, do seu cabelo, e ando pelas ruas sem comer, calado, não me sustenta o pão, a aurora me desconcerta, busco no dia o som líquido dos seus pés. Estou faminto do seu riso saltitante, das suas mãos cor de furioso celeiro, tenho fome da pálida pedra das suas unhas, quero comer a sua pele como uma intacta amêndoa. Quero comer o raio queimado na sua formosura, o nariz soberano do rosto altivo, quero comer a sombra fugaz das suas pestanas e faminto venho e vou farejando o crepúsculo te procurando, procurando o seu coração ardente como um puma na solidão de Quitratue. - Pablo Neruda
+ Para que nada nos separe, que nada nos una. - Pablo Neruda
+ O homem gostaria de ser peixe ou pássaro, a serpente gostaria de ter asas, o cão é um leão confuso (...) mas o gato quer ser somente gato, e todo gato é um puro gato desde o bigode ao rabo. - Pablo Neruda
+ Se sou esquecido, devo esquecer também. Pois o amor é como um espelho: tem que ter reflexo. - Pablo Neruda
+ Se sou esquecido, devo esquecer também. - Pablo Neruda