Frases de Sêneca

+ "A vida é como uma história: o que importa não é o tempo que dura, mas o quão boa ela é" - Sêneca

+ A mulher virtuosa domina o marido obedecendo-lhe. - Sêneca

+ Vocês agem como mortais em tudo que temem e como imortais em tudo o que desejam. - Sêneca

+ Um reino fundado em injustiça nunca dura - Sêneca

+ Mas se, em toda a parte e sob todas as formas, não buscas senão o prazer, fica sabendo que tão longe estás da sabedoria como da alegria verdadeira. Pretendes obter a alegria, mas falharás o alvo se pensas vir a alcançá-la por meio das riquezas ou das honras, pois isso será o mesmo que tentar encontrar a alegria no meio da angústia; riquezas e honras, que buscas como se fossem fontes de satisfação e prazer, são apenas motivos para futuras dores. - Sêneca

+ Até mesmo de um corpúsculo disforme pode sair um espírito realmente forte e virtuoso. - Sêneca

+ "Quem vive na tranquilidade, que seja mais ativo, quem vive na atividade, que encontre o equilíbrio. A Natureza te lembra todos os dias, que fez o dia e a noite". - Sêneca

+ O que adianta saber o que é uma reta, se não se sabe o que é retidão. - Sêneca

+ O Descontentamento Consigo PróprioO caso é o mesmo em todos os vícios: quer seja o daqueles que são atormentados pela indolência e pelo tédio, sujeitos a contantes mudanças de humor, quer o daqueles a quem agrada sempre mais aquilo que deixaram para trás, ou dos que desistem e caem na indolência. Acrescenta ainda aqueles que em nada diferem de alguém com um sono difícil, que se vira e revira à procura da posição certa, até que adormece de tão cansado que fica: mudando constantemente de forma de vida, permanecem naquela «novidade» até descobrirem não o ódio à mudança, mas a preguiça da velhice em relação à novidade. Acrescenta ainda os que nunca mudam, não por constância, mas por inércia, e vivem não como desejam, mas como sempre viveram. As características dos vícios são, pois, inumeráveis, mas o seu efeito apenas um: o descontentamento consigo próprio. Este descontentamento tem a sua origem num desequilíbrio da alma e nas aspirações tímidas ou menos felizes, quando não ousamos tanto quanto desejávamos ou não conseguimos aquilo que pretendíamos, e ficamos apenas à espera. É a inevitável condição dos indecisos, estarem sempre instáveis, sempre inquietos. Tentam por todas as vias atingir aquilo que desejam, entregam-se e sujeitam-se a práticas desonestas e árduas, e, quando o seu trabalho não é recompensado, tortura-os uma vergonha fútil, arrependendo-se não de ter desejado coisas más, mas sim de as terem desejado em vão. Eles ficam então com os remorsos de terem assumido essa conduta e com medo de voltarem a incorrer nela, a sua alma é assaltada por uma agitação para a qual não encontram saída, porque não conseguem controlar nem obedecer aos seus desejos, na hesitação de uma vida que pouco se desenvolve, a alma paralisada entre os desejos abandonados. Tudo isto se torna ainda mais grave quando, com a repulsa do sofrimento passado, se refugiam no ócio ou nos estudos solitários, que uma alma educada para os assuntos públicos não consegue suportar, desejosa de agir, inquieta por natureza e incapaz de encontrar estímulos por si mesma. Por isso, sem a distracção que as próprias ocupações representam para os que nelas andam, não suportam a casa, a solidão, as paredes; com angústia, vêem-se entregues a eles mesmos. Séneca, in 'Da Tranquilidade da Alma'Tema(s): Contentamento - Sêneca

+ Grandes riquezas, grande escravidão. - Sêneca

+ "Fiz muitas inimizades, e o ódio substitui a amizade (se é que há amizade entre os maus), e nem sou amigo de mim mesmo. Fiz os maiores esforços para sair da multidão e fazer-me notar por alguma qualidade: o que tenho feito senão oferecer-me como um alvo e mostrar à maldade onde poderia me machucar?" Da Felicidade - Sêneca

+ Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito. - Sêneca

+ Sofremos muito mais pela imaginação do que pela realidade. - Sêneca

+ Se quiser ser amado, ame. - Sêneca

+ Persuade-te, pois de que toda situação está sujeita a mudanças e de que tudo o que cai sobre os outros pode igualmente cair sobre ti.” - Sêneca

+ Leve, uma carga faz do outro devedor; pesada, faz dele um inimigo. - Sêneca

+ Afasta-te da companhia dos perniciosos, eles fazem nascer em ti um licenciosidade que lhe é natutal - Sêneca

+ Útil é ao mancebo amar, indecoroso ao velho. - Sêneca

+ Todo o homem prudente é moderado; todo o homem moderado é constante; todo o homem constante é imperturbável; todo o homem imperturbável está ao abrigo da tristeza, todo o homem que está ao abrigo da tristeza é feliz; logo, todo homem prudente é feliz; logo, a prudência é condição suficiente para o homem ter uma vida de felicidade. - Sêneca

+ ⁠Solidão não é estar só, é estar vazio. - Sêneca

+ Não há vício que se não esconda atrás de boas razões; a princípio, todos são aparentemente modestos e aceitáveis, só que pouco a pouco vão-se expandindo. Não conseguirás pôr fim a um vício se deixares que ele se instale. Toda a paixão é ligeira de início; depois vai-se intensificando, e à medida que progride vai ganhando forças. É mais difícil libertarmo-nos de uma paixão do que impedir-lhe o acesso. Ninguém ignora que todas as paixões decorrem de uma tendência, por assim dizer, natural. A natureza confiou-nos a tarefa de cuidar de nós próprios, mas, se formos demasiado complacentes, o que era tendência torna-se vício. - Sêneca

+ ⁠"Não deixemos nada para mais tarde. Acertemos nossas contas com a vida dia após dia." - Sêneca

+ Para Sêneca, viver sem usar a razão significa viver por impulso. Mas, para viver bem é necessário viver virtuosamente, ou como disse, viver de acordo com o necessário. Exceder o necessário significa cair na escravidão. Este texto propõe analisar as virtudes em Sêneca como caminho e a própria felicidade. - Sêneca

+ O que é o homem? Um vaso que pode quebrar-se ao menor abalo, ao menor movimento. Não é necessária uma grande tempestade para que se destrua; bata onde bater, se dissolverá. O que é o homem? Um corpo débil e frágil, desnudo, indefeso por sua própria natureza, que tem necessidade do auxílio alheio, exposto a todos os danos do destino; um corpo que quando exerceu bem os seus músculos, é pasto de qualquer fera, é vitima de qualquer uma; composto de matéria inconsistente e mole e brilhante somente nas suas feições exteriores; incapaz de suportar o frio, o calor, a fadiga e, por outro lado, destinado à desagregação pela inércia da ociosidade; um corpo preocupado com seus alimentos, por cuja carência ora se enfraquece, por cujo excesso ora se rompe; um corpo angustiado e inquieto por sua conservação, provido de uma respiração precária e pouco firme, a qual um forte ruído repentino perturba; um corpo que é fonte doentia e inútil, de contínuo perigo para si mesmo. Admiramo-nos da morte neste corpo, a qual não precisa senão de um suspiro? Acaso é necessário muito esforço para que venha sucumbir? Um odor, um sabor, um cansaço, uma vigília, um humor, um alimento e aquelas coisas sem as quais não pode viver, lhe são mortais; para onde quer que se mova, tem imediatamente consciência de sua fraqueza; incapaz de suportar qualquer clima, torna-se doente pela troca das águas, pelo sopro de ar não familiar e por incidentes e danos de mínima importância; um ser precário, doentio, tendo começado a vida pelo choro. (Consolação a Márcia, XI, 2-4) - Sêneca

+ Nenhum homem é mais infeliz do aquele que nunca enfrentou a adversidade. Pois ele não está autorizado a provar a si mesmo. - Sêneca