Frases de William Shakespeare
+ SONETO LXV Se a morte predomina na bravura Do bronze, pedra, terra e imenso mar, Pode sobreviver a formosura, Tendo da flor a força a devastar? Como pode o aroma do verão Deter o forte assédio destes dias, Se portas de aço e duras rochas não Podem vencer do Tempo a tirania? Onde ocultar - meditação atroz - O ouro que o Tempo quer em sua arca? Que mão pode deter seu pé veloz, Ou que beleza o Tempo não demarca? Nenhuma! A menos que este meu amor Em negra tinta guarde o seu fulgor. - William Shakespeare
+ ~ Soneto 92 ~ Faz teu pior pra mim te afastares, Enquanto eu viva tu és sempre meu, Não há mais vida se tu não ficares, Pois ela vive desse amor que é teu. Por que hei de temer grande traição Se tem fim minha vida com a menor; De vida abençoada eu sou, então, Por não estar preso ao teu cruel humor. Tua mente inconstante não me afeta, Minha vida é ligada à tua sorte; Como é feliz o fato que decreta Que sou feliz no amor, feliz na morte! Porém que graça escapa de temer? Podes ser falso e eu sequer saber. - William Shakespeare
+ SONETO 18 Deverei comparar-te a um dia de verão? Tu és a mais serena e a mais amável Os fortes ventos de maio movimentam os brotos, e o prazo do verão é sempre inconsolável em um momento muito intenso, brilha o olho estelar, e freqüentemente se ofusca a luz do seu semblante, nefasto, o encanto da beleza irá renunciar, porventura ou pelo destino inconstante; Mas teu verão é eterno e jamais morrerá, não há de perder o encanto que possui; E pela sombra da morte não vagarás, pois em versos eternos tu e o tempo sois iguais. Equanto o homem possa respirar ou os olhos possam ver, viva este canto dar-te a vida é o seu dever. - William Shakespeare
+ ~ Soneto 53 ~ De que substância foste modelado, Se com mil vultos o teu vulto medes? Tantas sombras difundes, enfeixado Num ser que as prende, e a todas sobre excedes; Adônis mesmo segue o teu modelo Em vã, esmaecida imitação; A face helênica onde pousa o belo Ganhou em ti maior coloração; A primavera é cópia desta forma, A plenitude és tu, em que consiste O ver que toda graça se transforma No teu reflexo em tudo quanto existe: Qualquer beleza externa te revela Que a alma fiel em ti acha mais bela. - William Shakespeare
+ Soneto 116 De almas sinceras a união sincera Nada há que impeça: amor não é amor Se quando encontra obstáculos se altera, Ou se vacila ao mínimo temor. Amor é um marco eterno, dominante, Que encara a tempestade com bravura; É astro que norteia a vela errante, Cujo valor se ignora, lá na altura. Amor não teme o tempo, muito embora Seu alfange não poupe a mocidade; Amor não se transforma de hora em hora, Antes se afirma para a eternidade. Se isso é falso, e que é falso alguém provou, Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou. - William Shakespeare
+ Soneto 121 (CXXI) É melhor ser vil do que vil considerado, Quando não se é, e ser repreendido por sê-lo, E o prazer justo perdido, que é tão caro Não por nós, mas pela opinião alheia. Por que a visão falsa e adulterada dos outros Deve julgar o meu sangue ardente? Ou minhas fraquezas, enquanto o mais fraco espia, Que por eles seja mau o que acredito bom? Não, eu sou quem sou, e eles que julgam Meus erros reconhecem em mim apenas os deles; Posso ser reto, embora eles sejam tortos; Diante desses pensamentos, meus atos se ocultam, A menos que esse mal geral que eles mantêm: Todos são maus e em sua maldade reinam. - William Shakespeare
+ SONETO CV Não chame o meu amor de idolatria Nem de ídolo realce a quem eu amo, Pois todo o meu cantar a um só se alia, E de uma só maneira eu o proclamo. É hoje e sempre o meu amor galante, Inalterável, em grande excelência; Por isso a minha rima é tão constante A uma só coisa e exclui a diferença. 'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo; 'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento; E em tal mudança está tudo o que primo, Em um, três temas, de amplo movimento. 'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora; Num mesmo ser vivem juntos agora. - William Shakespeare
+ ~ Soneto 23 ~ Como no palco o ator que é imperfeito Faz mal o seu papel só por temor, Ou quem, por ter repleto de ódio o peito Vê o coração quebrar-se num tremor, Em mim, por timidez, fica omitido O rito mais solene da paixão; E o meu amor eu vejo enfraquecido, Vergado pela própria dimensão. Seja meu livro então minha eloqüência, Arauto mudo do que diz meu peito, Que implora amor e busca recompensa Mais que a língua que mais o tenha feito. Saiba ler o que escreve o amor calado: Ouvir com os olhos é do amor o fado. - William Shakespeare
+ Somos feitos da mesma matéria que nossos sonhos. - William Shakespeare
+ Somos feitos da matéria dos sonhos; nossa vida pequenina é cercada pelo sono. - William Shakespeare
+ Somos escravos das nossas paixões. - William Shakespeare
+ "Somos da mesma substância que os sonhos." - William Shakespeare
+ Sofrer no Presente uma dor do Passado só fara você criar uma nova dor para sofrer no Futuro. - William Shakespeare
+ Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos. - William Shakespeare
+ Sobre todas as coisas, para que alguém se torne digno de confiança, tão certo quanto a noite sucede o dia, é preciso nunca ser falso consigo mesmo. - William Shakespeare
+ Só teu verão eterno não se acaba. - William Shakespeare
+ Só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido. - William Shakespeare
+ Só ri das cicatrizes quem nunca teve uma ferida no corpo. - William Shakespeare
+ Só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama. - William Shakespeare
+ Só os mendigos conseguem contar sua riquezas. - William Shakespeare
+ Só os mendigos conseguem contar as suas riquezas. - William Shakespeare
+ Só há uma treva: a ignorância. - William Shakespeare
+ Shall I compare thee to a summer's day? Thou art more lovely and more temperate: Rough winds do shake the darling buds of May, And summer's lease hath all too short a date: Sometime too hot the eye of heaven shines, And often is his gold complexion dimmed, And every fair from fair sometime declines, By chance, or nature's changing course untrimmed: But thy eternal summer shall not fade, Nor lose possession of that fair thou ow'st, Nor shall death brag thou wand'rest in his shade, When in eternal lines to time thou grow'st, So long as men can breathe or eyes can see, So long lives this, and this gives life to thee. - William Shakespeare
+ Shall I abide in this dull world which in thy absence is no better than a sty? - William Shakespeare
+ Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida. - William Shakespeare