Frases de Zygmunt Bauman

+ A paixão por se fazer notar é um exemplo importante, talvez o mais gritante, dos nossos tempos, nos quais a versão atualizada do cogito (penso) de Descartes seria: 'Sou visto (observado, notado, registrado), logo existo'. - Zygmunt Bauman

+ Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar. - Zygmunt Bauman

+ Na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte. - Zygmunt Bauman

+ Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem. - Zygmunt Bauman

+ Como se pode lutar contra as adversidades do destino sozinho, sem a ajuda de amigos fiéis e dedicados, sem um companheiro de vida, pronto para compartilhar os altos e baixos? - Zygmunt Bauman

+ A vida é muito maior que a soma de seus momentos. - Zygmunt Bauman

+ Os relacionamentos são como vitamina C: em altas doses, provocam náuseas e podem prejudicar a saúde. - Zygmunt Bauman

+ A única coisa que podemos ter certeza é a incerteza. - Zygmunt Bauman

+ Nós somos responsáveis pelo outro, estando atentos a isto ou não, desejando ou não, torcendo positivamente ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando nossas vidas. - Zygmunt Bauman

+ A incapacidade de escolher entre atração e repulsão, entre esperanças e temores, redunda na incapacidade de agir. - Zygmunt Bauman

+ Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo. - Zygmunt Bauman

+ A internet e o Facebook nos tranquilizam e nos dão a sensação de proteção e abrigo, afastando o medo inconsciente de sermos abandonados. Na verdade, muitas vezes você está cercado de pessoas tão solitárias quanto você. - Zygmunt Bauman

+ Os tempos são líquidos porque, assim como a água, tudo muda muito rapidamente. Na sociedade contemporânea, nada é feito para durar. - Zygmunt Bauman

+ A preocupação com a administração da vida parece distanciar o ser humano da reflexão moral. - Zygmunt Bauman

+ Há dois valores essenciais que são absolutamente indispensáveis para uma vida satisfatória, recompensadora e relativamente feliz. Um é segurança e o outro é a liberdade. Você não consegue ser feliz, você não consegue ter uma vida digna na ausência de um deles, certo? Segurança sem liberdade é escravidão e liberdade sem segurança é um completo caos, incapacidade de fazer nada, planejar nada, nem mesmo sonhar com isso. Então você precisa dos dois. - Zygmunt Bauman

+ Hoje, o medo da exposição foi abafado pela alegria de ser notado. - Zygmunt Bauman

+ Loucos são apenas os significados não compartilhados. A loucura não é loucura quando compartilhada. - Zygmunt Bauman

+ O que aprendemos com a amarga experiência é que essa situação de ter sido abandonado à própria sorte, sem ter com quem contar quando necessário, quem nos console e nos dê a mão, é terrível e assustadora. Mas nunca se está mais só e abandonado do que quando se luta para ter a certeza de que agora existe de fato alguém com quem se pode contar, amanhã e depois, para fazer tudo isso se - quando - a roda da fortuna começar a girar em outra direção. - Zygmunt Bauman

+ Quem quiser conservar um enxame de abelhas num curso desejável se dará melhor cuidando das flores no campo, não adestrando cada abelha. - Zygmunt Bauman

+ O amor-próprio é construído a partir do amor que nos é oferecido por outros. - Zygmunt Bauman

+ “Medo” é o nome que damos a nossa incerteza: nossa ignorância da ameaça e do que deve ser feito. - Zygmunt Bauman

+ O capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento. - Zygmunt Bauman

+ Esquecemos o amor, a amizade, os sentimentos, o trabalho bem feito. O que se consome, o que se compra, são apenas sedativos morais que tranquilizam seus escrúpulos éticos. - Zygmunt Bauman

+ A incerteza foi sempre o chão familiar da escolha. - Zygmunt Bauman

+ O sociólogo polonês Zygmunt Bauman declara que vivemos em um tempo que escorre pelas mãos, um tempo líquido em que nada é para persistir. Não há nada tão intenso que consiga permanecer e se tornar verdadeiramente necessário. Tudo é transitório. Não há a observação pausada daquilo que experimentamos, é preciso fotografar, filmar, comentar, curtir, mostrar, comprar e comparar. O desejo habita a ansiedade e se perde no consumismo imediato. A sociedade está marcada pela ansiedade, reina uma inabilidade de experimentar profundamente o que nos chega, o que importa é poder descrever aos demais o que se está fazendo. Em tempos de Facebook e Twitter não há desagrados, se não gosto de uma declaração ou um pensamento, deleto, desconecto, bloqueio. Perde-se a profundidade das relações; perde-se a conversa que possibilita a harmonia e também o destoar. Nas relações virtuais não existem discussões que terminem em abraços vivos, as discussões são mudas, distantes. As relações começam ou terminam sem contato algum. Analisamos o outro por suas fotos e frases de efeito. Não existe a troca vivida. Ao mesmo tempo em que experimentamos um isolamento protetor, vivenciamos uma absoluta exposição. Não há o privado, tudo é desvendado: o que se come, o que se compra; o que nos atormenta e o que nos alegra. O amor é mais falado do que vivido. Vivemos um tempo de secreta angústia. Filosoficamente a angústia é o sentimento do nada. O corpo se inquieta e a alma sufoca. Há uma vertigem permeando as relações, tudo se torna vacilante, tudo pode ser deletado: o amor e os amigos. “Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo” - Zygmunt Bauman