A castidade com que abria as coxas e reluzia a sua flora brava Na mansuetude das ovelhas mochas, e tão estreita, como se alargava.

Ah, coito, coito, morte de tão vida, sepultura na grama, sem dizeres Em minha ardente substância esvaída, eu não era ninguém e era mil seres em mim ressuscitados

Era Adão, primeiro gesto nu ante a primeira negritude de corpo feminino

Roupa e tempo jaziam pelo chão E nem restava mais o mundo, à beira dessa moita orvalhada, nem destino.


Carlos Drummond De Andrade

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+ QUADRILHA João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. - Carlos Drummond De Andrade

+ O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar. - Carlos Drummond De Andrade

+ Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar. - Carlos Drummond De Andrade

+ A minha vontade é forte, porém minha disposição de obedecer-lhe é fraca. - Carlos Drummond De Andrade

+ A ignorância, a cobiça e a má-fé também elegem seus representantes políticos. - Carlos Drummond De Andrade

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