A Razão e a Alma: Uma Dança de Contradições
Na busca pelo caminho certo, A razão assume seu posto de guia, Buscando clareza, lógica e certeza, Em um mundo cheio de agonias.
Mas, ah, quanta ilusão em tal empreitada, Pois a alma pulsa em cada respiração, Ergue-se em sentimentos e emoções, Indomável e cheia de contradição.
É impossível agir sempre com a razão, Pois somos seres repletos de humanidade, A fragilidade da alma é nossa companhia, Ela sangra e anseia por liberdade.
Suportamos agressões físicas, Empurrões, socos, pancadas na cara, Até mesmo a outra face podemos oferecer, Mas a alma não pode ser ferida sem mácula.
Pedras que nos lançam podem doer, E os tapinhas dos hipócritas machucam, Mas na alma, no âmago do peito, É onde as feridas mais profundas se acumulam.
A razão busca explicar, entender, Colocar tudo em uma lógica racional, Mas a alma clama por abraços sinceros, Por afetos que transcendem o racional.
Não aceitamos que a alma seja ferida, Pois ela é a essência que nos define, No mago do peito, em nosso coração, Reside a chama que nos faz sentir vivos.
É na harmonia entre razão e alma, Nesse dançar de contradições, Que encontramos a verdadeira essência, No equilíbrio de nossas emoções.
Assim, abraçamos a imperfeição humana, Aceitando nossas limitações e fraquezas, Pois é nessa fragilidade que nos conectamos, Com a profundidade da vida em suas grandezas.
Que a razão e a alma se encontrem, Em um eterno diálogo de entendimento, Pois é na união desses opostos, Que encontramos a plenitude do nosso ser no tempo.
Evan Do Carmo
Outras frases de Evan do carmo
+ Se nãos tens inteligência emocional para manter alguém do teu lado, não tente justificar que é possível ser feliz sozinho. - Evan Do Carmo
+ Síntese da vida A poesia é a síntese da vida, vida sem poesia é vida inútil traduza-se isso por: "Vida sem amor não é vida que vale viver..." Antes de se aventurar a fazer poesia antes se faz necessário viver por isso se lê tantos poemas insípidos de poetas que não têm calos na alma nem nas mãos, nem de viver nem de fazer poesia. - Evan Do Carmo
+ VIDA DE PASSARINHO Pobre do homem que leva uma vida de passarinho. Apenas preocupado com seu deitar e com seu levantar, com seu cansaço e com seu descanso, que vive preocupado em produzir ou caçar como um animal, seu alimento diário, mas que nesta rotina enfadonha e neste trabalho de Sísifo, encontra algum sentido para continuar vivendo. Que deidade perversa, como Hades, que libertou o homem para voltar a viver em busca da felicidade, representada pela mulher amada, ou como Zeus, que o puniu por enganar a morte mais uma vez, teria submetido o homem comum a tal sofrimento e vida inútil? Os poetas, contudo, para fugir desta vida vã e deste trabalho de Sísifo, forjaram do nada a possibilidade da vida útil e criativa, inventaram a ilusão e a beleza do abstrato, o prazer eterno nos braços da musa, e a ideia de imortalidade, para no final da vida breve invejar os passarinhos, que não sonham com recompensas metafisicas nem têm delírios de eternidades. Evan do Carmo - Evan Do Carmo
+ Voltei a sorrir voltei a viver então decidi não quero morrer A viva é tão bela estando ao seu lado você minha amada sou seu namorado. Voltei a sorrir voltei a viver então decidi não vou mais sofrer Renasço em seu braços esqueço o cansaço da vida comum eu já percebi não somos mais um. Voltei a sorrir voltei a viver então decidi não quero morrer A paz que encontro no seu coração é algo singelo é luz é verdade é amor é paixão. Voltei a sorrir voltei a viver então decidi não quero morrer - Evan Do Carmo
+ SOMOS TODOS ZÉS-NINGUÉM Por que deixamos de beber uma taça de vinho a mais, em público, pensando nas consequências? Por que nos importamos com o que outros dizem ou pensam sobre nós? Somos todos Zés-ninguém, e quanto ao destino: iguais, com o mesmo fim caótico, irrefutável... Meu pai, que era um nobre, porém indouto, dizia: "Não devemos guardar para amanhá o prato feito para o dia de hoje ". Que a vida é efêmera e sem garantias de final feliz, todos sabem, mas o que mais agrada aos seres humanos, isto de forma generalizada, é ser juiz da vida dos outros, embora pratiquem publicamente ou secretamente aquilo que condena nos outros. - Evan Do Carmo