A sua mente sente a dor, o sofrimento; ela sente todos os tipos de emoção, apegos, desejo, anseio, mas isso tudo é projeção da mente. Por trás da mente está o eu verdadeiro, que nunca vai a lugar nenhum. Ele está sempre aqui.
Se você estiver com raiva, então fique com raiva e não julgue dizendo se isso é bom ou ruim. E esta é a diferença das emoções negativas e as positivas: se você tomar consciência de uma certa emoção e ela se dissipar quando você toma consciência dela, é porque ela é negativa. Se ao tomar consciência da emoção, você se tornar essa emoção, se essa emoção não se espalhar e então essa emoção se tornar o seu ser, ela é positiva.
A consciência trabalha de forma diferente em cada um desses casos. Se for uma emoção venenosa, você se livra dela por meio da consciência. Se ela for benéfica, alegre, extasiante, você e ela se tornam uma coisa só.
A consciência se aprofunda. Então para mim, o critério é sempre este: se algo se aprofunda com sua consciência, isto é bom; se algo se dissipa com a sua consciência é porque isso é ruim.
Tudo o que não pode ficar na consciência é pecado e tudo o que cresce com a consciência é virtude. Virtude e pecado não são conceitos sociais, eles são realizações interiores.
Basta que você seja autêntico; essa autenticidade com suas emoções lhe possibilitará um vislumbre do real. Só o que é real pode conhecer o real, só a verdade pode conhecer a verdade, só o autêntico pode conhecer o autêntico que circunda você. Aprofunde-se na consciência, e reconheça-se.