AMOR, AMOR…
“porque Deus amou de tal maneira…”
Eu queria cantar aquele Amor sublime, como nem no céu existem dois iguais: amor Primeiro, sem reciprocidade, sem princípio, sem fim – Eternidade. Amor, Próprio Amor – amor demais.
Amor que venceu o tempo e o espaço para chegar até meu coração. Amor escrevendo um poema de glória, traço de luz atravessando a História: Deus se humanizando – minha salvação.
Amor que usou milhares de caminhos, homens, mulheres, povos e impérios, até tornar-se Única Esperança, prisioneiro num corpo de criança: maior quando desce – Mistério dos mistérios.
Amor que transcende, supremo, absoluto, que a Si mesmo chama “de maneira tal” além de toda compreensão humana, que nos eleva, a Deus nos irmana na noite linda a santa de Natal.
Como cantar este maior milagre, se a terra silencia para ouvir o céu? Diante do Grande feito Pequenino a própria alma se transforma em hino: – Tudo é amor, sublime amor, Jesus nasceu!
Myrtes Mathias
Outras frases de Myrtes Mathias
+ BILHETE A PAPAI NOEL – Pede a Papai Noel... E eu pedi. Pedi boneca, pedi livros, pedi viagens, pedi um príncipe... Aprendi a escrever para escrever-lhe, ingrato velhinho, mas você nunca se lembrou de mim: não ganhei a boneca, nem livros, nem viagens, nem príncipe. Nada... Só deixou no meu sapato essa tristeza triste de saber que você está muito velho para subir morro. Papai Noel, você devia ser criança pobre para ver como morrem as ilusões. Ver como se desmoronam os castelos até restar somente essa tristeza triste. Se você pudesse ver as almas... Mas é melhor assim. Ignorando-as, poderá continuar a mentir, a distribuir ilusões, a oferecer sonhos, a brincar de você mesmo. - Myrtes Mathias
+ Amor é síntese Por favor, não me analise Não fique procurando cada ponto fraco meu Se ninguém resiste a uma análise profunda, quanto mais eu! Ciumenta, exigente, insegura, carente toda cheia de marcas que a vida deixou: Veja em cada exigência um grito de carência, um pedido de amor! Amor, amor é síntese, uma integração de dados: não há que tirar nem pôr. Não me corte em fatias, (ninguém abraça um pedaço), me envolva todo em seus braços E eu serei perfeita, amor! - Myrtes Mathias
+ A paciência e a impaciência, essas duas virtudes são necessárias para o equilíbrio no ambiente de trabalho. - Myrtes Mathias
+ AMOR, AMOR... “porque Deus amou de tal maneira...” Eu queria cantar aquele Amor sublime, como nem no céu existem dois iguais: amor Primeiro, sem reciprocidade, sem princípio, sem fim – Eternidade. Amor, Próprio Amor – amor demais. Amor que venceu o tempo e o espaço para chegar até meu coração. Amor escrevendo um poema de glória, traço de luz atravessando a História: Deus se humanizando – minha salvação. Amor que usou milhares de caminhos, homens, mulheres, povos e impérios, até tornar-se Única Esperança, prisioneiro num corpo de criança: maior quando desce – Mistério dos mistérios. Amor que transcende, supremo, absoluto, que a Si mesmo chama “de maneira tal” além de toda compreensão humana, que nos eleva, a Deus nos irmana na noite linda a santa de Natal. Como cantar este maior milagre, se a terra silencia para ouvir o céu? Diante do Grande feito Pequenino a própria alma se transforma em hino: – Tudo é amor, sublime amor, Jesus nasceu! - Myrtes Mathias
+ Era uma vez, no meio da floresta, três árvores, que conversavam: - Quando eu crescer – dizia a primeira – quero ser transformada no berço de um príncipe, de um herdeiro real. A segunda arvorezinha, pequena aventureira, falou: - Eu quero ser um barco, grande e forte, desses que singram os mares do norte, levando tesouros e riquezas. - E tu – perguntaram à menor delas – nada vais ser? - Oh! estou feliz de ser o que sou! Quero ser sempre árvore, no alto da montanha, apontando para o meu Criador... O tempo passou. Vieram os homens, e levaram a primeira arvorezinha. Mas não fizeram dela nenhum berço trabalhado. Pelo contrário, mãos rudes a cortaram transformando-a numa manjedoura, onde os animais vinham comer. E, ao ver-se ali, no fundo da estrebaria, a pobre árvore gemia: - Ai de mim! tantos sonhos transformados num simples tabuleiro de capim! Mas, lá do Alto, uma voz chegou: - Espera e verás o que tenho preparado para ti. E foi assim que, numa bela noite de verão, na estrebaria, uma luz brilhou, quando alguém, se curvando sobre a manjedoura, nela colocou um neném envolto em faixas e paninhos. Oh! era tão jovem a mãe, tão lindo o pequenino, que, se lágrimas tivesse, teria chorado de emoção! Principalmente, quando ouviu os anjos e compreendeu: - Que lindo destino o meu! Em mim dorme mais que um príncipe, mais que um rei – o meu Deus! O tempo passou, passou... Da segunda árvore a vez chegou. Levaram-na para os lados do mar. Mas, oh! decepção! Nada de grande navio, nem mesmo um barco de recreio. Simplesmente, humilhantemente, um barco de pescar. - Ai de mim! Que foi feito dos grandes sonhos meus? Viagens, tesouros, alto-mar? - Espera e verás o que tenho para ti – a árvore pareceu ouvir, enquanto na praia alguém acenava, pedindo para ser transportado. Que olhar sublime! Que poder na voz, ao ordenar: - Pedro, lança outra vez a tua rede ao mar! A pesca maravilhosa aconteceu, e o barquinho estremeceu: Que maior tesouro poderia transportar que o Soberano do céu, o Senhor de toda a terra, o próprio Dono do mar? Mas, eis que chega a vez da última arvorezinha, aquela que desejara apenas ser árvore apontando para Deus. Havia um prenúncio de tragédia, já na face daqueles que a foram procurar. Eram homens taciturnos, revoltados, que a desbarataram apressadamente, como se o trabalho lhes causasse horror. Levaram-na para a cidade, cortaram-na em duas partes, que negros pregos uniram, dando a forma de uma cruz. - Deus do céu! Que aconteceu comigo? Eu, que desejei apenas ser um marco amigo, apontando o teu céu de luz? Por que me transformaram nesta cruz? Mas o consolo chegou também ali: - Espera e verás o que tenho preparado para ti. Vieram os soldados, levantaram a cruz, e a puseram sobre os ombros de um homem coroado. Só que a coroa que ele trazia, não era de ouro nem de pedrarias: era de espinhos! Uma horrível coroa, que fazia cair pelos caminhos o sangue daquele estranho condenado, que não blasfemava, não fugia, cuja face macerada refulgia, mesmo sob o sangue e o suor! Mas havia uma dor maior naquela face, mais profunda que a dos espinhos, da carne rasgada pelos açoites, do peso que fazia tropeçar. Dor maior, jamais contemplada, atravessou a cidade, subiu o monte Calvário, foi levantada na cruz. Dor antiga, antes do início do mundo, erro de todos os homens, miséria de toda a terra, ausência do próprio Deus. Uma dor só entendida quando o sublime condenado, erguendo os olhos ao céu e, como quem rasga a alma, num grande brado, indagou: - “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” E a resposta chegou, na terra, que escureceu, nos mortos, que ressurgiram, no véu do templo rasgado, na exclamação do soldado: “...este era o Filho de Deus!” Naquele instante de treva, do silêncio mais profundo, para a árvore fez-se luz. Ali estava seu sonho para sempre eternizado: para perdão dos pecados, a partir daquele instante, os homens se voltariam, como único recurso, sempre, sempre, para a cruz. E assim entrou para a história, com a sorte bela, inglória, que dupla missão encerra: aos homens aponta o céu, a Deus lembra a dor da terra... Assim eu, também, Senhor, gostaria de saber: Por que foi que vim aqui? Para dócil obedecer o que traçaste pra mim? Mas, seja qual for meu destino – berço, barco, triste cruz – dá-me a graça, Jesus, de em tudo compreender que o importante é teu Plano, a mim cumpre obedecer. Seja berço do Menino, todo hosana, graça e luz; barco para teus milagres, seja a vergonha da cruz, o que importa é teu reino, a tua glória, Jesus! - Myrtes Mathias