Amor que Morre

O nosso amor morreu… Quem o diria! Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta. Ceguinha de te ver, sem ver a conta Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria… E outro clarão, ao longe, já desponta! Um engano que morre… e logo aponta A luz doutra miragem fugidia…

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver São precisos amores, pra morrer E são precisos sonhos pra partir.

Eu bem sei, meu Amor, que era preciso Fazer do amor que parte o claro riso Doutro amor impossível que há de vir!

+ Amo-te tanto. E nunca te beijei... E nesse beijo, amor, que eu não te dei, guardo os versos mais lindos que te fiz. - Florbela Espanca

+ E se um dia hei de ser pó, cinza e nada, que seja minha noite uma alvorada, que eu saiba me perder para me encontrar... - Florbela Espanca

+ O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê! - Florbela Espanca

+ Trago no olhar visões extraordinárias, de coisas que abracei de olhos fechados... - Florbela Espanca

+ A ironia é a expressão mais perfeita do pensamento. - Florbela Espanca