Angela Adonica
Hoje deitei-me junto a uma jovem pura como se na margem de um oceano branco, como se no centro de uma ardente estrela de lento espaço.
Do seu olhar largamente verde a luz caía como uma água seca, em transparentes e profundos círculos de fresca força.
Seu peito como um fogo de duas chamas ardia em duas regiões levantado, e num duplo rio chegava a seus pés, grandes e claros.
Um clima de ouro madrugava apenas as diurnas longitudes do seu corpo enchendo-o de frutas estendidas e oculto fogo.
Pablo Neruda
Outras frases de Pablo Neruda
+ Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos, já não se adoçará junto a ti a minha dor. Mas para onde vá levarei o teu olhar e para onde caminhes levarás a minha dor. Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos uma curva na rota por onde o amor passou. Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame, daquele que corte na tua chácara o que semeei eu. Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste. Venho dos teus braços. Não sei para onde vou. ...Do teu coração me diz adeus uma criança. E eu lhe digo adeus. - Pablo Neruda
+ Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências. - Pablo Neruda
+ A Dança/ Soneto XVII Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo: amo-te como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma. Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si, oculta a luz daquelas flores, e graças a teu amor vive escuro em meu corpo o apertado aroma que ascendeu da terra. Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira, senão assim deste modo em que não sou nem és tão perto que tua mão sobre meu peito é minha tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho. - Pablo Neruda
+ E desde então, sou porque tu és E desde então és sou e somos... E por amor Serei... Serás... Seremos... - Pablo Neruda
+ Podes cortar todas as flores mas não podes impedir a Primavera de aparecer. - Pablo Neruda