BERCEUSE PARA QUEM MORRE
Dorme… Dorme… Rolam pelas vertentes das montanhas, as estrelas cadentes…
Meu amor, a noite mansa dança,dança no silêncio do Jardim… Lento, um cipreste balança… Tu, descansa, meu amor, perto de mim…
Dorme, dorme como as rosas noturnas, quando há trevas perigosas de furnas…
Meu amor, não se descreve esta neve que dos céus descendo vem… É um beijo breve… O mais breve… O mais leve… Que não se deu em ninguém…
Dorme… O luar se espalha triste na altura… Quem sabe, é, tudo que existe, loucura?