Data e Dedicatória (Mário Quintana)

Teus poemas, não os dates nunca… Um poema Não pertence ao Tempo… Em seu país estranho, Se existe hora, é sempre a hora estrema Quando o anjo Azrael nos estende ao sedento Lábio o cálice inextinguível… Um poema é de sempre, Poeta: O que tu fazes hoje é o mesmo poema Que fizeste em menino, É o mesmo que, Depois que tu te fores, Alguém lerá baixinho e comovidamente, A vivê-lo de novo… A esse alguém, Que talvez ainda nem tenha nascido, Dedica, pois, os teus poemas. Não os dates, porém: As almas não entendem disso…


Mario Quintana

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+ Verso Avulso O luar é a luz do sol que está dormindo... - Mario Quintana

+ Vivemos conjugando o tempo passado (saudade, para os românticos) e o tempo futuro (esperança, para os idealistas). Uma gangorra, como vês, cheia de altos e baixos – uma gangorra emocional. Isto acaba fundindo a cuca de poetas e sábios e maluquecendo de vez o Homo sapiens. Mais felizes os animais, que, na sua gramática imediata, apenas lhes sobra um tempo: o presente do indicativo. E que nem dá tempo para suspiros... - Mario Quintana

+ Viajar é mudar o cenário da solidão. - Mario Quintana

+ Verbetes Infância - A vida em tecnicolor. Velhice - A vida em preto-e-branco. - Mario Quintana

+ Viajar é mudar a roupa da alma. - Mario Quintana

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