De um lado cantava o sol, do outro, suspirava a lua. No meio, brilhava a tua face de ouro, girassol!
Ó montanha da saudade a que por acaso vim: outrora, foste um jardim, e és, agora, eternidade! De longe, recordo a cor da grande manhã perdida. Morrem nos mares da vida todos os rios do amor?
Ai! celebro-te em meu peito, em meu coração de sal, Ó flor sobrenatural, grande girassol perfeito!
Acabou-se-me o jardim! Só me resta, do passado, este relógio dourado que ainda esperava por mim . . .