Enredos do Meu Povo Simples
Lendo os enredos Do meu povo que é tão simples Ouvindo histórias E seus nobres contadores Eu vejo estradas construídas Na minh’alma Por onde passa o mundo inteiro por ali
São retirantes, seresteiros, viandantes E cada qual com sua história pra contar Eu abro as portas Da minha alma pra que eles Nos surpreendam Com seu jeito de falar
São tradutores Dos sentimentos do mundo Bem aventuram Que não sabe aonde chegar Constroem pontes de palavras Pra que volte Quem está perdido Sem saber como voltar
São artesãos Que tecem fios de histórias Que nos costuram numa mesma direção Enredos simples, rebordados de violas Canções antigas pra alegrar o coração
Ê viola violando livre Viola vibrando triste Nas cordas do coração Ê poetas, portões do mundo Por onde Deus acha o rumo Pra tocar meu coração Ê retalhos de vida e morte Poetas que escrevem forte A história que somos nós