Eu na trilha incerta dos meus passos, mergulhado no destino imenso dos meus sonhos, vou percorrendo as estradas do mundo deitando a toalha branca sobre os altares da humanidade, e retirando do horizonte profano da vida a matéria-prima que será sacralizada. Ele , o tempo e seus movimentos de suas cirandas, vida que se reveste de cores e estações litúrgicas que nos convida a celebrar o específico de cada motivo. Tempo de preparo, de colheita, vida comum, sopro do espírito, tempo de ressuscitar. Eu, sacerdote das divinas causas; Ele, sacerdote das humanas razões. Quando com ele não posso, faço acordo, sorrio com os motivos de suas alegrias e poetizo as tristezas, que de suas mãos se desprendem! Mas quando com ele posso, ah! Quando com ele posso, eu dele me esqueço e vivo!


Padre Fábio De Melo