Eu sou essa pessoa a quem o vento chama, a que não se recusa a esse final convite, em máquinas de adeus,sem tentação de volta.
Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza: Eu sou essa pessoa a quem o vento leva: já de horizontes libertada,mas sozinha.
Se a Beleza sonhada é maior que a vivente, dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho ? Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.
Pelos mundos do vento em meus cílios guardadas vão as medidas que separam os abraços. Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:
Agora és livre,se ainda recordas
(Solombra, p. 794)