I
ASSIM aos poucos vai sendo levada a tua Amiga, a tua Amada! E assim de longe ouvirás a cantiga da tua Amada, da tua Amiga.
Abrem-se os olhos - e é de sombra a estrada para chegar-se à Amiga, à Amada! Fechem-se os olhos - e eis a estrada antiga a que levaria à Amada, à Amiga.
(Se me encontrares novamente, nada te faça esquecer a Amiga, a Amada! Se te encontrar, pode ser que eu consiga ser para sempre a Amada Amiga.
II
E assim aos poucos vai sendo levada a tua Amiga, a tua Amada!
E talvez apenas uma estrelinha siga a tua Amada, a tua Amiga. Para muito longe vai sendo levada, desfigurada e transfigurada.
Sem que ela mesma já não consiga dizer que era a tua profunda Amiga.
Sem que possa ouvir o que tua alma brade que era a tua Amiga e que era a tua Amada.
Ah! do que disse nada mais se diga. Vai-se a tua Amada - vai-se a tua Amiga!
Ah! do que era tanto, não resta mais nada… Mas houve essa Amiga! mas houve essa Amada!