Manhã - Soneto XXIX
Vens da pobreza das casas do SUL, das regiões duras com frio e terremotos que quando até seus deuses rodaram à morte nos deram a lição da vida na greda.
És um cavalinha de greda negra, um beijo de barro escuro, amor, papoula de greda, pomba do crepúsculo que voou nos caminhos, alcanzia com lágrimas de nossa pobre infância.
Moça, conservaste teu coração de pobre, teus pés de pobre acostumados às pedras, tua boca que nem sempre teve pão ou delícia.
És do pobre Sul, de onde vem minha alma: em seu céu tua mãe segue lavando roupa com minha mãe. Por isso te escolhi, companheira.
Pablo Neruda
Outras frases de Pablo Neruda
+ E desde então, sou porque tu és E desde então és sou e somos... E por amor Serei... Serás... Seremos... - Pablo Neruda
+ Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências. - Pablo Neruda
+ Se sou amado, quanto mais amado mais correspondo ao amor. Se sou esquecido, devo esquecer também, Pois amor é feito espelho: tem que ter reflexo. - Pablo Neruda
+ Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira. - Pablo Neruda
+ Quero apenas cinco coisas... Primeiro é o amor sem fim A segunda é ver o outono A terceira é o grave inverno Em quarto lugar o verão A quinta coisa são teus olhos Não quero dormir sem teus olhos. Não quero ser... sem que me olhes. Abro mão da primavera para que continues me olhando. - Pablo Neruda