Não quero o primeiro beijo: basta-me o instante antes do beijo. Quero-me corpo ante o abismo, terra no rasgão do sismo. O lábio ardendo entre tremor e temor, o escurecer da luz no desaguar dos corpos: o amor não tem depois. Quero o vulcão que na terra não toca: o beijo antes de ser boca. “Mia Couto”