Os deuses, noutros tempos, eram nossos Porque entre nós amavam. Afrodite Ao pastor se entregava sob os ramos Que os ciúmes de Hefesto iludiam.
Da plumagem do cisne as mãos de Leda, O seu peito imortal, o seu regaço, A semente de Zeus, dóceis, colhiam.
Entre o céu e a terra, presidindo Aos amores de humanos e divinos, O sorriso de Apolo refulgia.
Quando castos os deuses se tornaram, O grande Pã morreu, e órfão dele, Os homens não souberam e pecaram.