Tudo tão vago…

Nossa Senhora Na beira do rio Lavando os paninhos Do bento filhinho

São João estendia São José enxugava E o menino chorava Do frio que fazia

Dorme criança Dorme meu amor Que a faca que corta Dá talho sem dor (de uma cantiga de ninar)

Tudo tão vago… Sei que havia um rio… Um choro aflito… Alguém cantou, no entanto… E ao monótono embalo do acalanto O choro pouco a pouco se extinguiu…

O Menino dormira… Mas o canto Natural como as águas prosseguiu… E ia purificando como um rio Meu coração que enegrecera tanto…

E era a voz que eu ouvi em pequenino… E era Maria, junto à correnteza, Lavando as roupas de Jesus Menino…

Eras tu… que ao me ver neste abandono, Daí do Céu cantavas com certeza Para embalar inda uma vez meu sono!…


Mario Quintana

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+ Verbetes Infância - A vida em tecnicolor. Velhice - A vida em preto-e-branco. - Mario Quintana

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+ Viver tão só de momentos Como estas nuvens no céu. @omarioquintana - Mario Quintana

+ Y Fase do encantamento - É quando o romantismo esta à flor da pele. A admiração é muito grande (o máximo), a sensação dos recém casados é uma delícia. - Mario Quintana

+ Verso Avulso O luar é a luz do sol que está dormindo... - Mario Quintana

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