Canção da Torre Mais Alta

Mocidade presa A tudo oprimida Por delicadeza Eu perdi a vida. Ah! Que o tempo venha Em que a alma se empenha.

Eu me disse: cessa, Que ninguém te veja: E sem a promessa De algum bem que seja. A ti só aspiro Augusto retiro.

Tamanha paciência Não me hei de esquecer. Temor e dolência, Aos céus fiz erguer. E esta sede estranha A ofuscar-me a entranha.

Qual o Prado imenso Condenado a olvido, Que cresce florido De joio e de incenso Ao feroz zunzum das Moscas imundas.


Arthur Rimbaud

Outras frases de Arthur Rimbaud

+ A nossa pálida razão esconde-nos o infinito. - Arthur Rimbaud

+ O poeta se faz vidente por meio de um longo, imenso e refletido desregramento de todos os sentidos. Todas as formas de amor, de sentimento, de loucura; ele procura ele mesmo, ele esgota nele todos os venenos, para só guardar as quintessências. - Arthur Rimbaud

+ Ninguém é sério aos 17 anos. - Arthur Rimbaud

+ O poeta faz-se vidente através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos. - Arthur Rimbaud

+ Acredito que estou no inferno, portanto estou nele. - Arthur Rimbaud

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