Frases de Antoine De Saint Exupéry

+ O Homem distingue-se dos homens. Nada se diz de essencial acerca da catedral se apenas falarmos das pedras. Nada se diz de essencial a respeito do Homem se procurarmos defini-lo pelas qualidades humanas. - Antoine De Saint Exupéry

+ Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas. - Antoine De Saint Exupéry

+ Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão. - Antoine De Saint Exupéry

+ A verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica. - Antoine De Saint Exupéry

+ Foi o tempo que investiste em tua rosa que fez tua rosa tão importante. - Antoine De Saint Exupéry

+ Amem quem vos comanda. Mas sem lhes dizer. - Antoine De Saint Exupéry

+ Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa. - Antoine De Saint Exupéry

+ A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas. - Antoine De Saint Exupéry

+ Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar... Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas! - Antoine De Saint Exupéry

+ E foi então que apareceu a raposa. __ Bom dia - disse a raposa. __ Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, que , olhando a sua volta, nada viu. __ Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira... __ Quem és tu? - perguntou o principezinho. __ Tu es bem bonita... __ Sou uma raposa - disse a raposa. __ Vem brincar comigo - propôs ele. __ Estou tão triste... __ Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. __ Não me cativaram ainda. __ Ah! desculpa - disse o principezinho. Mas após refletir, acrescentou: __ O que quer dizer "cativar"? __ Tu não és daqui - disse a raposa. __ Que procuras? __ Procuro homens - disse o pequeno príncipe. __ Que quer dizer "cativar"? __ Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas? __ Não - disse o príncipe. __ Eu procuro amigos. __ Que quer dizer "cativar"? __ É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. __ Significa "criar laços"... __ Criar laços? __ Exatamente - disse a raposa. __ Tu não és nada para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E Não tenho necessidade de ti. E tu também não tem necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. Eu serei para ti única no mundo... __ Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. __ Existe uma flôr... eu creio que ela me cativou... __ É possível - disse a raposa. __ Vê-se tanta coisa na Terra... __ Oh! não foi na Terra - disse o principezinho. A raposa pareceu intrigada: __ Num outro planeta? __ Sim. __ Há caçadores nesse outro planeta? __ Não. __ Que bom! E galinhas? __ Também não __ Nada é perfeito - suspirou a raposa. Mas a raposa retornou a seu raciocínio. __ Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. E isso me incomoda um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo... A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe: __ Por favor... cativa-me! -disse ela. __ Eu até gostaria -disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer. __ A gente só conhece bem as coisas que cativou -disse a raposa. __ Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! __ O que é preciso fazer? -perguntou o pequeno príncipe. __ É preciso ser paciente -respondeu a raposa. __ Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. E te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto... No dia seguinte o príncipe voltou. __ Teria sido melhor se voltasses à mesma hora -disse a raposa. __ Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual. __ Que é um "ritual"? -perguntou o principezinho. __ É uma coisa muito esquecida também -disse a raposa. __ É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adoram um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira é então o dia maravilhoso! Vou passear até à vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu nunca teria férias! Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse: __ Ah! Eu vou chorar. __ A culpa é tua -disse o principezinho. __ Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse... __ Quis -disse a raposa. __ Mas tu vais chorar! -disse ele. __ Vou - disse a raposa. __ Então não terás ganho nada! __ Terei, sim - disse a raposa __ por causa da cor do trigo. Depois ela acrescentou: __ Vai rever as rosas. Assim, compreenderá que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo. O pequeno príncipe foi rever as rosas: __ Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativaste ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo. E as rosas ficaram desapontadas. __ Sóis belas, mas vazias -continuou ele. __Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mas importante que todas vós, pois foi ela quem eu reguei. Foi ela quem pus sob a redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi ela quem eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa. E voltou, então, à raposa: __ Adeus... -disse ele. __ Adeus -disse a raposa. __ Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. __ O essencial é invisível aos olhos -repetiu o principezinho, para não esquecer. __ Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante. __ Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... -repetiu ele, para não esquecer. __ Os homens esqueceram essa verdade -disse ainda a raposa. __ Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa... __ Eu sou responsável pela minha rosa... -repetiu o principezinho, para não esquecer. - Antoine De Saint Exupéry

+ Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana... Mas o quê? - Antoine De Saint Exupéry

+ Se alguma coisa se te opõe e te fere, deixa crescer. É que estás a ganhar raízes e a mudar. Abençoado ferimento que te faz parir de ti próprio. - Antoine De Saint Exupéry

+ Sacrifício não significa nem amputação nem penitência. (...) Ele é uma oferta de nós próprios ao Ser a que recorremos. - Antoine De Saint Exupéry

+ O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem. - Por isso nunca se canse de amar, algum dia você verá os grandes frutos do seu amor que foi sempre cultivado. - Antoine De Saint Exupéry

+ Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. - Antoine De Saint Exupéry

+ A autoridade repousa sobre a razão. - Antoine De Saint Exupéry

+ O ser humano descobre-se a si mesmo quando se defronta com os obstáculos. - Antoine De Saint Exupéry

+ Os olhos são cegos. É preciso ver com o coração... - Antoine De Saint Exupéry

+ O que conduz o mundo é o espírito e não a inteligência. - Antoine De Saint Exupéry

+ É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio. - Antoine De Saint Exupéry

+ Não lhe direi as razões que tens para me amar, pois elas não existem. A razão do amor é o amor. - Antoine De Saint Exupéry

+ Nada, jamais, substituirá um companheiro perdido. Ninguém pode recriar velhos companheiros. Nada vale o tesouro de tantas recordações comuns, de tantas horas más vividas juntos, de tantas desavenças, de tantas reconciliações, de tantos impulsos afetivos. Não se reconstroem essas amizades. Seria inútil plantar um carvalho na esperança de ter, em breve, o abrigo de suas folhas. Assim vai a vida. A princípio enriquecemos. Plantamos durante anos, mas os anos chegam em que o tempo destrói esse trabalho, arranca essas árvores. Um a um, os companheiros nos tiram suas sombras. E aos nossos lutos mistura-se então A mágoa secreta de envelhecer... - Antoine De Saint Exupéry

+ Ser homem é ser responsável. É sentir que colabora na construção do mundo. - Antoine De Saint Exupéry

+ Para enxergar claro, bastar mudar a direção do olhar. - Antoine De Saint Exupéry

+ - Tu falas como as pessoas grandes! Senti um pouco de vergonha. Mas ele Acrescentou, implacável: - Tu confundes todas as coisas... Mistura tudo! Ele estava realmente irritado. Sacudiu ao vento seus cabelos dourados. - Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão contas. E o dia todo repete como tu: "Eu sou um homem sério!" E isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo! - Antoine De Saint Exupéry