Frases de Chico Buarque

+ As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem. - Chico Buarque

+ Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim - Chico Buarque

+ Também acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus. - Chico Buarque

+ EU TE AMO Ah, se já perdemos a noção da hora Se juntos já jogamos tudo fora Me conta agora como hei de partir Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios Rompi com o mundo, queimei meus navios Me diz pra onde é que inda posso ir Se nós, nas travessuras das noites eternas Já confundimos tanto as nossas pernas Diz com que pernas eu devo seguir Se entornaste a nossa sorte pelo chão Se na bagunça do teu coração Meu sangue errou de veia e se perdeu Como, se na desordem do armário embutido Meu paletó enlaça o teu vestido E o meu sapato inda pisa no teu Como, se nos amamos feito dois pagãos Teus seios inda estão nas minhas mãos Me explica com que cara eu vou sair Não, acho que estás só fazendo de conta Te dei meus olhos pra tomares conta Agora conta como hei de partir - Chico Buarque

+ Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu - Chico Buarque

+ Olhos nos olhos Quando você me deixou, meu bem Me disse pra ser feliz e passar bem Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci Mas depois, como era de costume, obedeci Quando você me quiser rever Já vai me encontrar refeita, pode crer Olhos nos olhos, quero ver o que você faz Ao sentir que sem você eu passo bem demais E que venho até remoçando Me pego cantando Sem mas nem porque E tantas águas rolaram Quantos homens me amaram Bem mais e melhor que você Quando talvez precisar de mim 'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim Olhos nos olhos, quero ver o que você diz Quero ver como suporta me ver tão feliz - Chico Buarque

+ Hoje na solidão ainda custo A entender como o amor foi tão injusto Pra quem só lhe foi dedicação - Chico Buarque

+ Soneto Por que me descobriste no abandono Com que tortura me arrancaste um beijo Por que me incendiaste de desejo Quando eu estava bem, morta de sono Com que mentira abriste meu segredo De que romance antigo me roubaste Com que raio de luz me iluminaste Quando eu estava bem, morta de medo Por que não me deixaste adormecida E me indicaste o mar, com que navio E me deixaste só, com que saída Por que desceste ao meu porão sombrio Com que direito me ensinaste a vida Quando eu estava bem, morta de frio - Chico Buarque

+ A felicidade Morava tão vizinha Que, de tolo Até pensei que fosse minha. - Chico Buarque

+ Por favor Deixe em paz meu coração Que ele é um pote até aqui de mágoa E qualquer desatenção, faça não Pode ser a gota dágua - Chico Buarque

+ Que saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar... - Chico Buarque

+ Quando amo Eu devoro Todo o meu coração Eu odeio Eu adoro Numa mesma oração - Chico Buarque

+ Olhos nos olhos, quero ver o que você faz Ao sentir que sem você eu passo bem demais Olhos nos olhos, quero ver o que você diz Quero ver como suporta me ver tão feliz - Chico Buarque

+ Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa. - Chico Buarque

+ Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia - Chico Buarque

+ Oh, pedaço de mim Oh, metade afastada de mim Leva o teu olhar Que a saudade é o pior tormento É pior do que o esquecimento É pior do que se entrevar - Chico Buarque

+ De todas as maneiras Que há de amar Nós já nos amamos Com todas as palavras feitas pra sangrar Já nos cortamos Agora já passa da hora Tá lindo lá fora Larga a minha mão Solta as unhas do meu coração Que ele está apressado E desanda a bater desvairado Quando entra o verão - Chico Buarque

+ Quero inventar o meu próprio pecado Quero morrer do meu próprio veneno. - Chico Buarque

+ Pedaço de mim Oh, pedaço de mim Oh, metade afastada de mim Leva o teu olhar Que a saudade é o pior tormento É pior do que o esquecimento É pior do que se entrevar Oh, pedaço de mim Oh, metade exilada de mim Leva os teus sinais Que a saudade dói como um barco Que aos poucos descreve um arco E evita atracar no cais Oh, pedaço de mim Oh, metade arrancada de mim Leva o vulto teu Que a saudade é o revés de um parto A saudade é arrumar o quarto Do filho que já morreu Oh, pedaço de mim Oh, metade amputada de mim Leva o que há de ti Que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada No membro que já perdi Oh, pedaço de mim Oh, metade adorada de mim Leva os olhos meus Que a saudade é o pior castigo E eu não quero levar comigo A mortalha do amor Adeus - Chico Buarque

+ O que será ser só Quando outro dia amanhecer? Será recomeçar? Será ser livre sem querer? - Chico Buarque

+ Guarda-Me, Como a Menina dos seus Olhos. Ela é a Tal, Sei que Ela pode ser Mil, Mas não existe outra igual. - Chico Buarque

+ O meu amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes. Depois brinca comigo, ri do meu umbigo, e me crava os dentes. Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz. Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz. - Chico Buarque

+ Atrás da porta Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus Juro que não acreditei, eu te estranhei Me debrucei sobre teu corpo e duvidei E me arrastei e te arranhei E me agarrei nos teus cabelos No teu peito, teu pijama Nos teus pés ao pé da cama Sem carinho, sem coberta No tapete atrás da porta Reclamei baixinho Dei pra maldizer o nosso lar Pra sujar teu nome, te humilhar E me vingar a qualquer preço Te adorando pelo avesso Pra mostrar que ainda sou tua - Chico Buarque

+ Alô, liberdade. Desculpa eu vir assim sem avisar, mas já era tarde. Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar. E por fugir ao contrário, sinto-me duas vezes mais veloz Vem, mas vem sem fantasia. É sempre bom lembrar que um copo vazio esta cheio de ar. - Chico Buarque

+ APROVEITANDO O ENSEJO... Sonhar Mais um sonho impossível Lutar Quando é fácil ceder Vencer o inimigo invencível Negar quando a regra é vender Sofrer a tortura implacável Romper a incabível prisão Voar num limite improvável Tocar o inacessível chão É minha lei, é minha questão Virar esse mundo Cravar esse chão Não me importa saber Se é terrível demais Quantas guerras terei que vencer Por um pouco de paz E amanhã, se esse chão que eu beijei For meu leito e perdão Vou saber que valeu delirar E morrer de paixão E assim, seja lá como for Vai ter fim a infinita aflição E o mundo vai ver uma flor Brotar do impossível chão - Chico Buarque