Frases de Millôr Fernandes

+ Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. - Millôr Fernandes

+ De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência. - Millôr Fernandes

+ Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus. - Millôr Fernandes

+ Em ciência leia sempre os livros mais novos. Em literatura, os mais velhos. - Millôr Fernandes

+ O dinheiro não só fala, como faz muita gente calar a boca. - Millôr Fernandes

+ Aniversário é uma festa Pra te lembrar Do que resta. - Millôr Fernandes

+ Pontual é alguém que resolveu esperar muito. - Millôr Fernandes

+ Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor. - Millôr Fernandes

+ Olha, Entre um pingo e outro A chuva não molha. - Millôr Fernandes

+ A saudade diminuiu ou fomos nós que envelhecemos? - Millôr Fernandes

+ Não é que com a idade você aprenda muitas coisas; mas você aprende a ocultar melhor o que ignora. - Millôr Fernandes

+ Toda alegria é assim: já vem embrulhada numa tristezinha de papel fino. - Millôr Fernandes

+ O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas. - Millôr Fernandes

+ Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo. - Millôr Fernandes

+ O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris. - Millôr Fernandes

+ Capacidade de saber cada vez mais sobre cada vez menos, até saber tudo sobre nada. - Millôr Fernandes

+ Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice. - Millôr Fernandes

+ "O comunismo é uma espécie de alfaiate que quando a roupa não fica boa faz alterações no cliente." - Millôr Fernandes

+ Você está começando a ficar velho quando, depois de passar uma noite fora, tem que passar dois dias dentro. - Millôr Fernandes

+ Se é gostoso faz logo, amanhã pode ser ilegal. - Millôr Fernandes

+ Poesia Matemática Às folhas tantas do livro matemático um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar; olhos rombóides, boca trapezóide, corpo retangular, seios esferóides. Fez de sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito. "Quem és tu?", indagou ele em ânsia radical. "Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa." E de falarem descobriram que eram (o que em aritmética corresponde a almas irmãs) primos entre si. E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas sinoidais nos jardins da quarta dimensão. Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana e os exegetas do Universo Finito. Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. E enfim resolveram se casar constituir um lar, mais que um lar, um perpendicular. Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz. E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sonhando com uma felicidade integral e diferencial. E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos. E foram felizes até aquele dia em que tudo vira afinal monotonia. Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum freqüentador de círculos concêntricos, viciosos. Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum. Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade. Era o triângulo, tanto chamado amoroso. Desse problema ela era uma fração, a mais ordinária. Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade como aliás em qualquer sociedade. - Millôr Fernandes

+ A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum. - Millôr Fernandes

+ Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos. - Millôr Fernandes

+ Quem sabe tudo, é porque anda muito mal informado - Millôr Fernandes

+ Criança é esse ser infeliz que os pais põem para dormir quando ainda está cheio de animação e arrancam da cama quando ainda está estremunhado de sono. - Millôr Fernandes