“A carta é justamente como ela era: meio caótica, em permanente vaivém do otimismo ao pessimismo e vice-versa, sempre em torno do amor na cama, cheia de temores, movediça.”

Página 130, A Trégua.


Mario Benedetti

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+ Fogo Mudo Às vezes em silêncio Provoca algazarras Paródias de coragem Miragens que são duendes Tango toca ao reverso Iras inconsoláveis Pregões dos caixões Toda nossa fome e sede Mas outras vezes é Somente o silêncio A solidão é um carvalho Num deserto sem oásis Nave que não germina Tristeza que goteja Ao redor dos escombros É um fogo mudo - Mario Benedetti

+ Podes querer o amanhecer quando quiser conservei intacta tua paisagem... Podes querer o amanhecer quando ames vir a reclamar como eras... Ainda que contigo tragas dor e outros milagres ainda que seja outro o rosto de teu céu para mim. - Mario Benedetti

+ Eu não sei se sou uma pessoa triste com vocação pra ser alegre, ou vice e versa, ou do avesso. O que sei é que, sim, há sempre alguma tristeza nos meus momentos mais felizes, da mesma forma que há sempre um pouco de alegria nos meus piores dias. - Mario Benedetti

+ Saber esperar é uma virtude. Aceitar que cada coisa tem um tempo certo para acontecer é ter fé. - Mario Benedetti

+ TODAVIA Não creio, todavia, Você está chegando a meu lado, E a noite é um punhado De estrelas e de alegria. Apalpo, sinto o gosto, Vejo seu rosto, seu passo largo, Suas mãos e, no entanto, Ainda não creio, todavia. Seu regresso tem tanto Que ver com você e comigo Que por sorte lhe digo E canto, Ninguém pode substituí-lo E as coisas mais triviais, Se tornam fundamentais, Porque você está chegando. No entanto, todavia, Chego a duvidar de minha sorte, Porque tê-lo junto a mim Às vezes me parece fantasia. Mas você vem, Com certeza, E vem com seu olhar E por isso sua chegada Torna mágico o futuro. E ainda que nem sempre Eu tenha entendido Minhas culpas e fracassos Sei, para compensar, Que, em seus braços, O mundo tem sentido. E se beijo a ousadia E o mistério dos seus lábios, Não há dúvida De que o amarei mais A cada dia, Todavia. (Tradução livre – Eduardo Andrade) - Mario Benedetti

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