A Eternidade

De novo me invade. Quem? – A Eternidade. É o mar que se vai Como o sol que cai.

Alma sentinela, Ensina-me o jogo Da noite que gela E do dia em fogo.

Das lides humanas, Das palmas e vaias, Já te desenganas E no ar te espraias.

De outra nenhuma, Brasas de cetim, O Dever se esfuma Sem dizer: enfim.

Lá não há esperança E não há futuro. Ciência e paciência, Suplício seguro.

De novo me invade. Quem? – A Eternidade. É o mar que se vai Com o sol que cai.


Arthur Rimbaud

Outras frases de Arthur Rimbaud

+ O poeta faz-se vidente através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos. - Arthur Rimbaud

+ Ela foi encontrada! Quem? A eternidade. É o mar misturado Ao sol. Minha alma imortal, Cumpre a tua jura Seja o sol estival Ou a noite pura. Pois tu me liberas Das humanas quimeras, Dos anseios vãos! Tu voas então... — Jamais a esperança. Sem movimento. Ciência e paciência, O suplício é lento. Que venha a manhã, Com brasas de satã, O dever É vosso ardor. Ela foi encontrada! Quem? A eternidade. É o mar misturado Ao sol. - Arthur Rimbaud

+ A nossa pálida razão esconde-nos o infinito. - Arthur Rimbaud

+ Acredito que estou no inferno, portanto estou nele. - Arthur Rimbaud

+ Eu escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível. Fixava vertigens. - Arthur Rimbaud

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